Controle Biológico de Pragas: Um Guia Sobre o Mercado e os Produtos Disponíveis
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Temos um artigo detalhado e exclusivo sobre este assunto.
Ler o Guia Principal sobre Defensivos Biológicos →Os defensivos biológicos são insumos agrícolas formulados a partir de organismos vivos ou substâncias naturais, utilizados para o controle de pragas, doenças e plantas daninhas nas lavouras. Diferentemente dos agroquímicos convencionais, que são sintetizados em laboratório, esses produtos baseiam-se em princípios ativos encontrados na natureza, como microrganismos (fungos, bactérias e vírus), macrorganismos (insetos predadores e parasitoides), extratos vegetais e semioquímicos (como feromônios). Eles atuam através de mecanismos de predação, parasitismo, competição ou antibiose, restabelecendo o equilíbrio ecológico no agroecossistema.
No contexto do agronegócio brasileiro, o uso de defensivos biológicos tem crescido exponencialmente, impulsionado pela necessidade de superar a resistência de pragas aos moléculas químicas tradicionais e pela demanda por uma agricultura mais sustentável. O Brasil, devido ao seu clima tropical que favorece a multiplicação de pragas durante todo o ano, encontrou no controle biológico uma ferramenta estratégica. A tecnologia permite a redução da carga tóxica nas aplicações e é fundamental para culturas destinadas à exportação, onde há rigorosos limites de resíduos químicos.
A aplicação desses produtos não visa necessariamente substituir integralmente o controle químico, mas sim atuar em conjunto dentro do Manejo Integrado de Pragas (MIP). Ao integrar o controle biológico, o produtor consegue aumentar a vida útil das tecnologias químicas existentes, preservar os inimigos naturais nativos da lavoura e promover um ambiente produtivo mais resiliente e rentável a longo prazo.
Origem e Classificação: Dividem-se principalmente em microbiológicos (fungos, bactérias, vírus), macrobiológicos (ácaros predadores, vespas parasitoides) e bioquímicos/semioquímicos, cada um com modos de ação distintos.
Alta Especificidade: A maioria dos biológicos atua seletivamente sobre o alvo (praga ou doença), preservando outros insetos benéficos, polinizadores e a fauna auxiliar da lavoura.
Baixa Toxicidade: Geralmente classificados na Classe IV (faixa verde
pouco tóxicos) pela Anvisa, oferecem maior segurança para o aplicador, para o consumidor final e para o meio ambiente.
Ausência de Período de Carência: Devido à sua natureza biológica e baixa residualidade nociva, muitos produtos permitem a colheita logo após a aplicação, facilitando a logística no campo.
Mecanismo de Ação Complexo: Por utilizarem organismos vivos ou substâncias complexas, dificultam a seleção de pragas resistentes, sendo excelentes ferramentas para rotacionar com químicos.
Condições de Aplicação: A eficiência dos biológicos, especialmente os microbiológicos, é altamente dependente de fatores ambientais como temperatura, umidade e radiação UV; aplicações em horários mais frescos e úmidos são cruciais.
Armazenamento e Validade: Por conterem seres vivos, exigem cuidados rigorosos no transporte e armazenamento (muitos necessitam de refrigeração) e possuem prazo de validade geralmente menor que os químicos.
Compatibilidade de Calda: É fundamental verificar a compatibilidade ao misturar biológicos com químicos no tanque; fungicidas químicos, por exemplo, podem inviabilizar produtos à base de fungos benéficos.
Tempo de Ação: Diferente do efeito de “choque” de alguns químicos, os biológicos podem levar dias para controlar a praga (tempo de infecção e colonização), exigindo monitoramento constante e preventivo.
Manejo de Resistência: São ferramentas essenciais para quebrar o ciclo de resistência de pragas e doenças que já não respondem bem aos defensivos sintéticos tradicionais.
Registro e Procedência: Para garantir a eficácia agronômica, deve-se utilizar apenas produtos registrados no MAPA, evitando formulações caseiras ou sem controle de qualidade (contaminações) que podem comprometer a lavoura.
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