Deficiência de Boro na Soja: Identificação e Correção para Alta Produtividade
Deficiência de boro na soja: Importância para a lavoura, acompanhamento nutricional e melhores fontes de adubação. Confira!
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Ler o Guia Principal sobre Deficiência de Boro na Soja →A deficiência de boro na soja é um distúrbio nutricional que ocorre quando a planta não tem acesso a quantidades suficientes deste micronutriente essencial, comprometendo processos fisiológicos vitais. No contexto do agronegócio brasileiro, esta é uma preocupação recorrente, uma vez que grande parte dos solos tropicais, especialmente no Cerrado, apresenta naturalmente baixa fertilidade e acidez, fatores que limitam a disponibilidade do elemento. O boro desempenha funções estruturais e reprodutivas insubstituíveis, atuando na formação da parede celular, na divisão celular e no transporte de açúcares.
Diferente dos macronutrientes móveis, o boro possui baixa mobilidade no floema da planta. Isso significa que a soja não consegue redistribuir o nutriente das folhas velhas para as partes novas em crescimento. Consequentemente, para evitar a deficiência, é necessário que haja um suprimento constante do elemento na solução do solo durante todo o ciclo da cultura. A falta deste micronutriente afeta diretamente a arquitetura da planta e, de forma ainda mais crítica, a fase reprodutiva, prejudicando a fecundação e o enchimento de grãos.
A identificação correta e o manejo preventivo são fundamentais para a alta produtividade. A deficiência de boro muitas vezes passa despercebida até que os danos na floração já tenham ocorrido, resultando em perdas econômicas significativas. O manejo nutricional deve considerar não apenas a aplicação do fertilizante, mas também a correção do pH do solo, pois a disponibilidade do boro é sensível tanto à acidez excessiva quanto à calagem mal planejada.
Baixa mobilidade na planta: O boro move-se principalmente via xilema (fluxo transpiratório), acumulando-se nas folhas velhas e não sendo redistribuído para os órgãos novos, onde os sintomas de carência aparecem primeiro.
Função estrutural e reprodutiva: O nutriente é crucial para a síntese da parede celular (junto com o cálcio) e para a germinação do tubo polínico, processo indispensável para que a flor se transforme em vagem.
Sintomatologia apical: A carência manifesta-se tipicamente na morte dos pontos de crescimento (meristemas), causando o superbrotamento e dando à planta um aspecto arbustivo e deformado.
Absorção como ácido bórico: A planta absorve o elemento da solução do solo predominantemente na forma não iônica de ácido bórico (H_3BO_3), processo que depende da umidade do solo.
Sensibilidade ao pH: A disponibilidade do boro no solo é estreita; solos muito ácidos ou com pH muito elevado (após calagem excessiva) tendem a apresentar menor disponibilidade do nutriente para as raízes.
A deficiência de boro causa o abortamento floral intenso e a formação de vagens sem grãos ou deformadas, impactando severamente o rendimento final da lavoura.
A correção via solo, preferencialmente no sulco de plantio ou a lanço antes da semeadura, costuma ser mais eficaz que a foliar para garantir disponibilidade contínua, dada a dificuldade de translocação do nutriente aplicado nas folhas para as raízes e flores.
Períodos de veranico ou seca acentuam os sintomas de deficiência, pois a absorção do boro é passiva e depende diretamente do fluxo de água e da transpiração da planta.
O sistema radicular é um dos primeiros órgãos afetados pela falta de boro, apresentando raízes curtas, grossas e com pouca ramificação, o que diminui a capacidade da planta de absorver água e outros nutrientes.
A análise de solo e a análise foliar devem ser interpretadas em conjunto para um diagnóstico preciso, lembrando que a margem entre a deficiência e a toxicidade do boro é estreita, exigindo precisão nas dosagens.
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