Fósforo no Milho: Guia Completo para Identificar e Corrigir a Deficiência
Deficiência de fósforo em milho: sintomas da deficiência na cultura, como funciona o nutriente e como acertar na adubação fosfatada no milho
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Ler o Guia Principal sobre Deficiência de Fósforo em Milho →A deficiência de fósforo no milho é um distúrbio nutricional crítico que ocorre quando a planta não consegue absorver quantidades adequadas deste macronutriente essencial, comprometendo processos vitais como a fotossíntese, a respiração celular e o armazenamento de energia. No contexto da agricultura brasileira, este é um desafio recorrente, uma vez que a maioria dos solos tropicais, especialmente os de Cerrado, possui naturalmente baixos teores de fósforo disponível e alta capacidade de fixação deste elemento, o que o torna indisponível para as raízes.
O fósforo desempenha um papel estrutural e metabólico indispensável, sendo determinante para o estabelecimento inicial da lavoura. Sua carência afeta diretamente o desenvolvimento do sistema radicular, a rigidez dos colmos e a formação das espigas. Embora a cultura do milho não exija volumes de fósforo tão elevados quanto de nitrogênio ou potássio, a ausência deste nutriente nas fases iniciais causa danos irreversíveis ao potencial produtivo, resultando em plantas raquíticas e queda acentuada no rendimento de grãos e na qualidade final do produto colhido.
Coloração Arroxeada: O sintoma visual mais clássico é o aparecimento de uma cor roxa ou avermelhada nas folhas, causada pelo acúmulo de açúcares e antocianinas. Como o fósforo é móvel na planta, essa coloração surge primeiro nas folhas mais velhas e progride para as mais novas.
Sistema Radicular Superficial: A falta de fósforo inibe o crescimento das raízes, resultando em um sistema radicular pouco desenvolvido e superficial, o que diminui a capacidade da planta de absorver água e outros nutrientes do solo.
Atraso no Desenvolvimento: As plantas apresentam crescimento lento, porte reduzido e um atraso visível na maturação da lavoura em comparação com plantas saudáveis, podendo afetar o ciclo planejado da colheita.
Colmos Frágeis: Ocorre o afinamento dos colmos, tornando-os mais frágeis e suscetíveis ao acamamento (tombamento) e à quebra, além de reduzir a resistência natural da planta ao ataque de pragas e doenças.
Má Formação de Espigas: Em casos severos, a planta pode não produzir espigas. Quando produzidas, elas tendem a ser pequenas, retorcidas e com falhas no enchimento dos grãos, impactando diretamente a produtividade.
Interação com o Solo (Fixação): Em solos ácidos e ricos em óxidos de ferro e alumínio, comuns no Brasil, o fósforo tende a ficar “preso” (fixado) e indisponível para a planta. A correção da acidez através da calagem é fundamental para liberar esse nutriente e aumentar a eficiência da adubação.
Momento Crítico de Absorção: A maior demanda por fósforo ocorre nos estágios iniciais de desenvolvimento (fase vegetativa). Por isso, a adubação fosfatada deve ser realizada preferencialmente na semeadura, garantindo que o nutriente esteja próximo às raízes em crescimento.
Mobilidade do Nutriente: Diferente de sua mobilidade dentro da planta, o fósforo é praticamente imóvel no solo. Isso exige que o fertilizante seja aplicado no local correto (no sulco de plantio ou em área total com incorporação), pois as raízes precisam interceptar o nutriente para absorvê-lo.
Papel da Matéria Orgânica: Solos com bons teores de matéria orgânica tendem a disponibilizar fósforo de forma mais gradual e eficiente, reduzindo a adsorção do nutriente pelos minerais do solo e melhorando o aproveitamento pela cultura.
Diagnóstico Precoce: A identificação visual dos sintomas deve ser feita logo no início do ciclo, quando as plantas ainda são jovens. No entanto, a análise de solo prévia e a análise foliar são ferramentas indispensáveis para um diagnóstico preciso e para o planejamento da correção.
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