Magnésio na Soja: Do Sintoma de Deficiência ao Manejo Correto
Deficiência de magnésio na soja: conhecendo e sabendo a função do nutriente na sua cultura, fica fácil alcançar sucesso produtivo.
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Ler o Guia Principal sobre Deficiência de Magnésio na Soja →A deficiência de magnésio na soja é um distúrbio nutricional que compromete diretamente a capacidade fotossintética da planta, uma vez que este macronutriente secundário atua como o átomo central da molécula de clorofila. Quando os níveis de magnésio no solo ou na planta estão abaixo do ideal, a produção de energia e a fixação de carbono são severamente prejudicadas. No cenário agrícola brasileiro, este problema é frequentemente observado em solos ácidos, arenosos ou com baixos teores de matéria orgânica, bem como em áreas onde o equilíbrio entre as bases (cálcio, magnésio e potássio) não é respeitado.
Além de sua função estrutural na clorofila, a carência deste nutriente interfere em processos fisiológicos vitais, como a ativação de diversas enzimas, a síntese de proteínas e o transporte de fotoassimilados (açúcares) das folhas para os grãos. Como o magnésio é um elemento móvel dentro da planta, a deficiência manifesta-se inicialmente através da translocação do nutriente das folhas mais velhas para as mais novas, numa tentativa biológica da soja de preservar os tecidos em crescimento ativo. Identificar e corrigir essa carência é crucial, pois plantas mal nutridas apresentam menor vigor, envelhecimento precoce e enchimento de grãos deficiente, resultando em perdas de produtividade.
Mobilidade do nutriente: O magnésio é altamente móvel no floema, fazendo com que os sintomas visuais surjam primeiramente nas folhas do terço inferior (baixeiras) da planta, enquanto as folhas novas permanecem verdes inicialmente.
Clorose internerval: O sinal visual clássico é o amarelecimento entre as nervuras das folhas, enquanto as nervuras principais permanecem verdes, criando um aspecto reticulado, listrado ou “marmorizado”.
Necrose e manchas: Em estágios mais avançados da deficiência, podem surgir pontuações necróticas ou manchas com coloração semelhante à ferrugem nas áreas cloróticas entre as nervuras.
Encarquilhamento foliar: As folhas afetadas podem apresentar deformações físicas, com as bordas voltadas para baixo (encarquilhamento), além de adquirirem um aspecto rugoso.
Senescência prematura: A deficiência severa pode induzir a planta a um ciclo aparentemente mais curto, causando a queda prematura das folhas baixeiras e dando à lavoura uma aparência de maturação antecipada.
Diagnóstico preciso: A confirmação da deficiência não deve basear-se apenas na análise visual, pois sintomas podem ser confundidos; é fundamental realizar análises de solo e foliares para quantificar a disponibilidade real do nutriente.
Antagonismo competitivo: O excesso de adubação potássica (K) ou calcária (Ca) pode inibir a absorção de magnésio pelas raízes, um fenômeno comum em solos brasileiros intensamente adubados, exigindo atenção ao equilíbrio de bases na CTC.
Correção via calagem: A utilização de calcário dolomítico (rico em magnésio) é a estratégia mais eficiente e econômica para fornecer o nutriente e corrigir o pH do solo, devendo ser planejada antes do plantio.
Solos de risco: Áreas com solos arenosos e regiões sujeitas a chuvas intensas têm maior probabilidade de lixiviação de magnésio, exigindo monitoramento constante e, por vezes, reposição via fertilizantes solúveis.
Diferenciação de doenças: Os sintomas de clorose e necrose podem ser confundidos com certas doenças fúngicas (como a ferrugem em estágios iniciais) ou viroses; a localização inicial nas folhas velhas é um critério chave para diferenciar a deficiência nutricional de patógenos.
Impacto no enchimento de grãos: A falta de magnésio reduz a translocação de açúcares, o que impacta diretamente o peso final de mil grãos (PMG), reduzindo a rentabilidade final da safra.
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