Adubação Potássica em Soja: O Guia Completo do Cálculo à Aplicação
Adubação potássica em soja é uma boa saída para obter altas produtividades, desde que bem feita. Detalhamos tudo o que você precisa saber!
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A deficiência de potássio na soja é um distúrbio nutricional crítico que ocorre quando a disponibilidade desse macronutriente no solo é insuficiente para atender à alta demanda da cultura. Sendo o potássio (K) o segundo nutriente mais exigido pela planta, atrás apenas do nitrogênio, sua escassez compromete funções fisiológicas vitais, como a regulação da abertura e fechamento dos estômatos (controle de água), a ativação enzimática e o transporte de fotoassimilados das folhas para os grãos. Estima-se que para cada tonelada de grãos produzidos, a soja extraia cerca de 20 kg de K₂O do solo, o que exige um manejo de reposição constante.
No contexto do agronegócio brasileiro, um dos maiores desafios relacionados a essa deficiência é o fenômeno conhecido como “fome oculta”. Nessa condição, a planta já está sofrendo limitações em seu desenvolvimento e perdendo potencial produtivo devido aos níveis baixos de potássio, porém não apresenta sintomas visuais imediatos. Isso significa que, quando o produtor visualiza os sinais de carência no campo, a lavoura já sofreu danos irreversíveis na produtividade, tornando a correção preventiva via análise de solo a estratégia mais eficaz.
Clorose nas folhas velhas: Os sintomas visuais iniciam-se nas folhas do baixeiro (mais velhas) devido à mobilidade do potássio na planta, apresentando um amarelamento ou mosqueado nas bordas dos folíolos.
Necrose marginal: Com a evolução da deficiência, a clorose nas bordas transforma-se em necrose (tecido morto e seco), que avança das margens em direção ao centro da folha.
Perda de área foliar: O tecido necrosado torna-se quebradiço, levando à destruição parcial e queda prematura das folhas, reduzindo a capacidade fotossintética da planta.
Má formação de grãos: A deficiência afeta diretamente o enchimento das vagens, resultando em grãos pequenos, enrugados, deformados e com baixo peso específico.
Problemas na maturação: Plantas deficientes frequentemente apresentam distúrbios no final do ciclo, como retenção foliar (as folhas não caem naturalmente), presença de haste verde na colheita e vagens chochas (vazias).
Diagnose precoce é essencial: Não espere pelos sintomas visuais; a realização periódica de análise de solo é a única forma de evitar a “fome oculta” e garantir que os níveis de K estejam adequados antes do plantio.
Relação com resistência a estresses: O potássio atua como um “fortificante” da planta; sua deficiência deixa a lavoura muito mais suscetível a estresses hídricos (seca), temperaturas extremas e ao ataque de pragas e doenças.
Cálculo de reposição: A adubação deve ser calculada com base na expectativa de produtividade e na exportação de nutrientes, consultando sempre as tabelas de recomendação oficiais da sua região (como as da Embrapa ou institutos estaduais).
Interpretação de sintomas: É crucial diferenciar a deficiência de potássio de outras patologias; a localização dos sintomas nas folhas velhas é um indicativo chave, diferentemente de outros nutrientes imóveis que afetam as folhas novas.
Impacto na colheita: Além da perda de volume produtivo, a deficiência de potássio prejudica a eficiência da colheita mecanizada devido à ocorrência de hastes verdes e maturação desuniforme.
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