Módulo 1 - Aula 2: Escolha e importância dos bicos na sua pulverização
Aprenda a escolher os bicos de pulverização corretos para sua aplicação. Entenda os códigos, tipos de jato, tamanho de gotas e como evitar deriva para...
1 artigo encontrado com a tag " Deriva"
Temos um artigo detalhado e exclusivo sobre este assunto.
Ler o Guia Principal sobre Deriva →A deriva é o deslocamento das gotas de defensivos agrícolas para fora da área alvo desejada durante ou logo após a pulverização. Esse fenômeno ocorre quando as partículas do produto não atingem a cultura ou o solo onde deveriam agir, sendo carregadas pelo vento ou evaporando antes do contato. No contexto da agricultura brasileira, a deriva representa um dos maiores desafios técnicos e ambientais, resultando em perdas econômicas diretas, redução da eficácia do controle fitossanitário e riscos de contaminação de áreas adjacentes, recursos hídricos e culturas sensíveis.
Além do desperdício de insumos, que pode comprometer significativamente a rentabilidade da safra, a deriva está intimamente ligada à tecnologia de aplicação utilizada. A escolha incorreta das pontas de pulverização e o desrespeito às condições climáticas ideais são os principais fatores causadores. O controle da deriva é essencial não apenas para a garantia técnica do tratamento, mas também para assegurar a conformidade ambiental e evitar conflitos legais com propriedades vizinhas devido a danos em lavouras não-alvo.
Relação com o tamanho da gota: Gotas classificadas como finas ou muito finas são as mais suscetíveis ao carregamento pelo vento e à evaporação rápida antes de atingir o alvo.
Influência das condições climáticas: Ventos fortes (geralmente acima de 10 km/h), baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas são catalisadores diretos do processo de deriva.
Pressão de trabalho: O aumento excessivo da pressão em pontas hidráulicas tende a reduzir o diâmetro das gotas, aumentando exponencialmente o risco de deriva.
Altura da barra de pulverização: Quanto maior a distância entre o bico pulverizador e o alvo, maior o tempo de exposição da gota às intempéries e maior a chance de desvio.
Tipos de ocorrência: Pode se manifestar como deriva de partículas (gotas físicas movidas pelo vento) ou deriva de vapor (volatilização do produto após a deposição).
Seleção estratégica de pontas: A utilização de pontas com tecnologia de indução de ar ou que produzam gotas grossas a extremamente grossas é uma das medidas mais eficazes para mitigar a deriva.
Monitoramento ambiental constante: É fundamental utilizar anemômetros e termo-higrômetros no campo, interrompendo a aplicação se as condições de vento, temperatura ou umidade saírem da faixa ideal.
Impacto na eficiência: Estudos apontam que a escolha inadequada de bicos e a consequente deriva podem resultar na perda de até 30% da eficácia dos defensivos aplicados.
Riscos legais e financeiros: A deriva que atinge culturas vizinhas sensíveis pode gerar prejuízos agronômicos severos, resultando em multas ambientais e processos de responsabilidade civil para o produtor.
Uso de adjuvantes: A adição de adjuvantes redutores de deriva à calda pode auxiliar na padronização das gotas e reduzir a porcentagem de partículas “derivaáveis”.
Manutenção preventiva: Bicos desgastados ou danificados alteram o padrão de pulverização e o espectro de gotas; a inspeção regular e a troca das pontas são vitais para manter o controle sobre a aplicação.
Ajude outros produtores compartilhando este conteúdo sobre Deriva