Guia Prático: As 6 Principais Doenças do Arroz e Como Fazer o Manejo Correto
Doenças do arroz: conheça os sintomas e controles da brusone, mancha parda, escaldadura, queima das bainhas, podridão da bainha e ponta branca
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Ler o Guia Principal sobre Doenças do Arroz →No contexto da orizicultura brasileira, o termo “Doenças do Arroz” refere-se ao conjunto de patologias causadas por microrganismos, principalmente fungos, bactérias e vírus, que afetam o desenvolvimento fisiológico da planta de Oryza sativa. Estas enfermidades representam um dos principais fatores limitantes para a produtividade das lavouras, ocorrendo tanto em sistemas de arroz irrigado quanto de sequeiro. A incidência e a severidade dessas doenças variam conforme as condições climáticas, o manejo do solo e a suscetibilidade da cultivar utilizada.
Entre as diversas enfermidades, a brusone (Magnaporthe oryzae) destaca-se como a mais devastadora, capaz de comprometer até 100% da produção se não controlada. Outras doenças de grande importância econômica incluem a mancha parda (Bipolaris oryzae), a escaldadura e a queima das bainhas. O impacto desses patógenos vai além da redução do volume colhido; eles afetam diretamente a qualidade industrial do grão, resultando em maior índice de quebra no beneficiamento e grãos gessados ou manchados, o que desvaloriza o produto final no mercado.
O manejo dessas doenças exige uma abordagem técnica e preventiva, visto que os patógenos podem atacar a cultura em qualquer estádio fenológico, desde a germinação até a maturação dos grãos. A compreensão do ciclo de vida desses organismos, que muitas vezes sobrevivem em restos culturais ou são transmitidos via sementes, é fundamental para a implementação de estratégias de controle eficientes dentro do agronegócio nacional.
Agentes Causais Diversificados: Embora existam doenças bacterianas e virais, as de origem fúngica são predominantes e mais agressivas no Brasil, com destaque para fungos que atacam a parte aérea e o sistema radicular.
Sintomatologia Variada: Os sintomas manifestam-se em diferentes partes da planta, incluindo manchas elípticas ou ovais nas folhas (com centros cinzas e bordas marrons), lesões nos colmos e nós, e descoloração ou esvaziamento das panículas e grãos.
Dependência Climática: A maioria dessas doenças, especialmente a brusone e a mancha parda, tem seu desenvolvimento favorecido por temperaturas entre 20°C e 30°C e alta umidade relativa, incluindo a presença de água livre (orvalho) nas folhas.
Redução da Área Fotossintética: Um mecanismo comum de dano é a necrose do tecido foliar, que diminui a capacidade da planta de realizar fotossíntese e, consequentemente, de encher os grãos adequadamente.
Sobrevivência e Disseminação: Os patógenos possuem alta capacidade de sobrevivência em restos culturais da safra anterior (resteva) e em sementes infectadas, sendo disseminados facilmente pelo vento e pela água de irrigação.
Identificação Precoce é Crucial: O monitoramento constante da lavoura é essencial, pois identificar os primeiros sinais (como pequenos pontos castanhos nas folhas) permite a aplicação de fungicidas no momento curativo ou preventivo ideal, evitando o alastramento da infecção.
Manejo Integrado de Doenças (MID): O controle químico isolado não é suficiente a longo prazo. É necessário integrar o uso de sementes certificadas e tratadas, rotação de culturas e destruição de restos culturais para reduzir o inóculo inicial.
Nutrição Equilibrada: O desequilíbrio nutricional, especialmente o excesso ou a falta de Nitrogênio, pode predispor a planta a doenças. O excesso favorece a brusone, enquanto a deficiência nutricional e o estresse hídrico favorecem a mancha parda.
Escolha de Cultivares: A utilização de variedades com resistência genética ou tolerância às principais doenças da região é uma das ferramentas mais eficazes e econômicas para o produtor.
Impacto na Qualidade da Semente: Muitas dessas doenças são transmissíveis via semente. Portanto, o uso de sementes de “salva” (produção própria sem tratamento adequado) aumenta drasticamente o risco de epidemias na safra seguinte.
Danos Irreversíveis na Panícula: Infecções tardias, como a brusone no pescoço da panícula, podem causar o “pescoço quebrado”, impedindo a passagem de nutrientes para os grãos e resultando em espiguetas vazias (chochas), um dano que não pode ser revertido após estabelecido.
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