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O que é Doenças Dos Citros

As doenças dos citros representam um conjunto de desequilíbrios fisiológicos causados por agentes bióticos, como fungos, bactérias e vírus, que afetam a saúde, a produtividade e a longevidade dos pomares. No contexto do agronegócio brasileiro, especialmente no cinturão citrícola que abrange São Paulo e o Triângulo/Sudoeste Mineiro, o manejo sanitário é um dos fatores mais críticos para a rentabilidade. O Brasil, sendo um dos maiores produtores mundiais de laranja, enfrenta desafios constantes, pois o clima tropical e subtropical, embora favorável à cultura, também propicia o desenvolvimento de diversos patógenos.

Essas enfermidades ocorrem quando há uma interação simultânea entre um agente causador, a planta hospedeira suscetível e um ambiente favorável. O impacto econômico é severo e multifacetado: pode haver redução direta no volume de caixas colhidas, morte prematura de plantas e comprometimento da qualidade estética dos frutos. Este último ponto é crucial para o mercado de fruta de mesa (in natura), onde lesões na casca, mesmo que superficiais, desvalorizam o produto comercialmente. O controle dessas doenças exige conhecimento técnico aprofundado para diferenciar sintomas e aplicar as estratégias de manejo integrado adequadas.

Principais Características

  • Diversidade de Agentes Causadores: As doenças podem ter origem fúngica, bacteriana ou viral, sendo os fungos responsáveis por uma grande parcela dos problemas fitossanitários, favorecidos pela umidade e temperatura.

  • Sintomatologia Variada: Os sintomas manifestam-se de formas distintas, incluindo lesões em frutos (manchas, pústulas), danos vegetativos (clorose, seca de ramos) e problemas radiculares ou no tronco (exsudação de goma).

  • Dependência Climática: A severidade da maioria das doenças, especialmente as fúngicas como a melanose e a gomose, está diretamente ligada às condições ambientais, como precipitação, umidade relativa do ar e temperatura.

  • Fontes de Inóculo: Ramos secos, frutos remanescentes no pé ou no chão e plantas invasoras podem servir de abrigo e fonte de disseminação para os patógenos dentro do pomar.

  • Impacto na Fisiologia: Além dos danos visíveis, muitas doenças causam obstrução do fluxo de seiva e destruição de tecidos, levando ao depauperamento progressivo da planta.

Importante Saber

  • Diagnóstico Correto é Fundamental: A identificação precisa do agente causador é o primeiro passo para o controle. Sintomas visuais podem ser confundidos; por exemplo, diferentes tipos de manchas (sardenta, virulenta, falsa melanose) podem indicar a presença de Pinta Preta.

  • Manejo Preventivo: Para doenças de solo como a Gomose (Phytophthora), o uso de porta-enxertos resistentes e a garantia de boa drenagem no plantio são medidas mais eficazes do que o tratamento curativo.

  • Práticas Culturais: A realização de podas de limpeza para a retirada de ramos secos e a roçagem ecológica são essenciais para reduzir a carga de inóculo (quantidade de fungo) presente na área, auxiliando no controle de doenças como a Melanose.

  • Proteção dos Frutos: Em pomares voltados para o mercado de fruta fresca, o controle químico preventivo, como o uso de fungicidas cúpricos ou estrobilurinas, é muitas vezes necessário para evitar danos estéticos que inviabilizam a comercialização.

  • Atenção ao Colo da Planta: O acúmulo de terra ou matéria orgânica junto à base do tronco cria um microclima úmido favorável à entrada de patógenos; manter essa área limpa e arejada é uma prática simples e vital.

  • Monitoramento Constante: A inspeção regular do pomar permite detectar os primeiros focos de infecção, possibilitando intervenções rápidas antes que a doença se espalhe e cause prejuízos irreversíveis à safra.

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