Guia Completo das Doenças do Milho: Identifique e Controle as Principais Ameaças
Doenças do milho: saiba como identificá-las, quando acontecem, quais danos trazem à cultura e muito mais!
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As doenças foliares do milho englobam um conjunto de patologias, causadas majoritariamente por fungos e bactérias, que atacam a parte aérea da planta, especificamente as folhas. No contexto do agronegócio brasileiro, essas enfermidades representam um dos principais desafios fitossanitários, afetando tanto a primeira safra quanto, e principalmente, a safrinha. Entre as doenças mais recorrentes neste grupo estão a cercosporiose, as ferrugens (comum, polissora e tropical), a helmintosporiose, a mancha-branca e a antracnose foliar.
O mecanismo de dano dessas doenças consiste na necrose do tecido foliar, o que reduz drasticamente a área verde disponível para a realização da fotossíntese. Como a planta depende da energia gerada pelas folhas para o enchimento de grãos, ataques severos resultam em espigas malformadas, grãos leves e queda acentuada na produtividade. Além disso, algumas dessas doenças podem predispor a planta a outros problemas, como infecções no colmo e acamamento.
A incidência e a severidade das doenças foliares variam de acordo com as condições climáticas, a suscetibilidade do híbrido plantado e o sistema de manejo adotado. Em sistemas de plantio direto, muito comuns no Brasil, a permanência de restos culturais infectados no solo serve como fonte de inóculo para a safra seguinte, exigindo do produtor um monitoramento constante e estratégias integradas de controle para evitar prejuízos econômicos significativos.
Redução da Área Fotossintética: O sintoma primário é a destruição do tecido verde da folha (necrose), impedindo a planta de converter luz solar em energia para a produção de grãos.
Sintomatologia Específica: Cada doença apresenta lesões visuais distintas; por exemplo, a cercosporiose causa lesões retangulares paralelas às nervuras, enquanto as ferrugens apresentam pústulas características.
Progressão na Planta: Muitas doenças foliares, como a antracnose e a mancha-branca, iniciam-se nas folhas do “baixeiro” (parte inferior) e progridem em direção ao topo da planta.
Sobrevivência em Restos Culturais: Os patógenos, especialmente fungos necrotróficos, sobrevivem na palhada de safras anteriores, aumentando a pressão da doença em áreas de monocultura ou plantio direto sem rotação adequada.
Dependência Climática: O desenvolvimento dessas doenças está intrinsecamente ligado a fatores ambientais, como alta umidade relativa do ar e temperaturas específicas para cada patógeno.
Identificação Correta é Crucial: Confundir sintomas (ex: mancha-branca com deriva de herbicida ou cercosporiose com helmintosporiose) pode levar a escolhas erradas de manejo e fungicidas, resultando em ineficiência e desperdício de recursos.
Agressividade da Ferrugem Polissora: Entre as ferrugens, a polissora (Puccinia polysora) é considerada a mais agressiva em regiões de baixa altitude e temperaturas altas, podendo causar perdas de produtividade superiores a 50% se não controlada.
Manejo Integrado: O controle eficiente não depende apenas de aplicações químicas, mas começa na escolha de híbridos com resistência genética, rotação de culturas e tratamento de sementes.
Impacto do Plantio Direto: Embora benéfico para o solo, o plantio direto exige maior atenção fitossanitária, pois fungos como o da antracnose (Colletotrichum graminicola) utilizam a palhada como abrigo entre as safras.
Momento da Aplicação: O monitoramento deve começar nos estádios vegetativos iniciais; aplicações preventivas ou logo no aparecimento dos primeiros sintomas costumam apresentar melhor custo-benefício do que aplicações curativas em estágios avançados.
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