Logística de Transportes no Agro: Guia Completo Sobre o Custo do Frete
Logística de transportes: Quanto deve valer seu frete, como ele afeta seu custo de produção e as dicas para diminuir seus impactos.
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O escoamento da produção refere-se ao conjunto de operações logísticas necessárias para transportar os produtos agrícolas do local de origem (a fazenda) até o seu destino final, que pode ser uma unidade de armazenamento, uma agroindústria, portos para exportação ou o consumidor final. No contexto do agronegócio brasileiro, esta etapa é crítica e representa um dos maiores desafios da cadeia produtiva, uma vez que as regiões de maior produtividade muitas vezes estão situadas a grandes distâncias dos principais centros de consumo e terminais portuários.
A eficiência no escoamento é determinante para a rentabilidade do produtor rural. Não basta alcançar altos índices de produtividade no campo se houver falhas ou custos excessivos na hora de retirar a safra da propriedade. O processo envolve não apenas o transporte físico, mas também o planejamento estratégico para equilibrar rapidez, segurança e custos. No Brasil, o escoamento é fortemente dependente do modal rodoviário, o que torna o valor do frete e as condições das estradas variáveis fundamentais na composição do custo final da commodity.
Além do transporte, o escoamento está intrinsecamente ligado à capacidade de armazenagem. A decisão de quando escoar a produção — imediatamente após a colheita ou após um período de estocagem — impacta diretamente a margem de lucro, pois os preços do frete tendem a subir drasticamente nos picos de safra devido à alta demanda por caminhões. Portanto, o escoamento da produção deve ser tratado como uma gestão logística integrada, influenciando tanto o custo de produção quanto a competitividade do produto no mercado.
Predominância do Modal Rodoviário: A maior parte da produção agrícola brasileira é escoada por caminhões, tornando o setor sensível às variações no preço do diesel, tabelas de frete e condições de tráfego.
Sazonalidade dos Custos: O valor do frete oscila conforme a oferta e demanda; durante a colheita, a alta procura por transporte eleva significativamente os preços, encarecendo o escoamento imediato.
Composição do Custo de Frete: O preço é formado por diversos componentes, incluindo a relação peso/distância (Frete Peso), o valor da mercadoria para fins de seguro (Frete Valor) e taxas de gerenciamento de risco (GRIS).
Influência da Infraestrutura: A qualidade das vias de acesso, desde as estradas vicinais não pavimentadas até as rodovias principais, afeta o tempo de viagem, o consumo de combustível e a manutenção dos veículos, impactando o valor final do serviço.
Riscos Operacionais: O escoamento envolve riscos de perdas físicas (quebra técnica durante o transporte), roubos de carga e deterioração da qualidade do produto, exigindo monitoramento e seguros específicos.
Planejamento Logístico Antecipado: Para reduzir custos, é essencial planejar a contratação de frete com antecedência ou estabelecer parcerias de longo prazo com transportadoras, evitando a volatilidade do mercado spot durante a safra.
Cálculo da Tabela da ANTT: O produtor deve compreender como utilizar a tabela de pisos mínimos de frete da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para negociar valores justos e evitar passivos legais.
Impacto da Armazenagem: Possuir infraestrutura de armazenagem na fazenda (silos) permite ao produtor segurar o produto e realizar o escoamento na entressafra, quando os valores de frete costumam ser mais baixos.
Taxas Adicionais (Generalidades): É preciso estar atento a custos extras que podem surgir, como taxas por tempo de espera excessivo para carga e descarga (estadia) ou dificuldades de acesso à propriedade.
Seguro e Gerenciamento de Risco: O custo do escoamento não é apenas o transporte; o valor do seguro (Ad Valorem) e as taxas de gerenciamento de risco (GRIS) são proporcionais ao valor da carga e essenciais para a segurança financeira da operação.
Logística Reversa: Em alguns casos, é possível otimizar custos negociando o frete de retorno, aproveitando o mesmo transporte que traz insumos para a fazenda para levar a produção, ou vice-versa.
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