Estádios Fenológicos da Soja: Um Guia Completo do Plantio à Colheita
Estádio fenológico da soja: veja a importância de saber esses detalhes, características e manejos realizados em cada um deles.
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O estádio vegetativo da soja compreende a primeira grande fase do ciclo de desenvolvimento da cultura, iniciando-se logo após a semeadura com a emergência da plântula e estendendo-se até o surgimento da primeira flor. Durante este período, a planta direciona toda a sua energia metabólica para o crescimento estrutural, focando no desenvolvimento do sistema radicular, na expansão do caule e na emissão de folhas. É nesta etapa que a lavoura constrói a “fábrica” fotossintética que será responsável por sustentar a futura produção de vagens e grãos.
No contexto da agronomia brasileira, a identificação correta destes estádios é fundamental para o manejo agronômico, pois a duração desta fase varia conforme a cultivar, a época de plantio e as condições climáticas, especialmente a temperatura e o fotoperíodo. A classificação técnica utiliza a letra “V” seguida de uma numeração (VE, VC, V1, V2, etc.), permitindo que produtores e técnicos padronizem a comunicação e tomem decisões precisas sobre a aplicação de defensivos, adubação de cobertura e controle de plantas daninhas no momento fisiológico exato da planta.
Nomenclatura Padronizada: Os estádios são identificados pela letra “V”. Começam com VE (emergência) e VC (cotiledonar), seguidos por V(n), onde “n” representa o número de nós com folhas trifolioladas totalmente desenvolvidas na haste principal.
Critério Visual de Desenvolvimento: Para fins técnicos, uma folha é considerada totalmente desenvolvida quando as bordas dos folíolos da folha inserida no nó imediatamente superior já não se tocam mais.
Acúmulo de Reservas: A função primordial desta fase é o acúmulo de biomassa e reservas nutricionais. A planta foca em maximizar a área foliar para otimizar a captação de luz solar.
Estabelecimento da Nodulação: É durante os estádios vegetativos iniciais (geralmente visível a partir de V1/V2) que se consolida a simbiose com bactérias do gênero Bradyrhizobium, fundamentais para a fixação biológica de nitrogênio.
Hábito de Crescimento: Em cultivares de crescimento indeterminado, amplamente utilizadas no Brasil, a produção de novos nós e folhas vegetativas continua mesmo após o início do florescimento, fazendo com que a fase vegetativa coexista temporariamente com a reprodutiva.
Vulnerabilidade Inicial: As fases VE e VC são os momentos de maior risco para perda de estande devido ao ataque de pragas de solo (como lagarta-elasmo e corós) e doenças fúngicas que causam o tombamento (damping-off).
Monitoramento de Cotilédones: A integridade dos cotilédones até a expansão das primeiras folhas é vital, pois eles fornecem a nutrição inicial da plântula. Danos nesta estrutura podem atrasar o desenvolvimento ou matar a planta.
Manejo de Plantas Daninhas: O estádio vegetativo coincide com o Período Crítico de Prevenção à Interferência (PCPI). O controle de invasoras deve ser rigoroso nesta fase para evitar competição por luz, água e nutrientes.
Influência do Ambiente: Diferente de um calendário fixo, a duração de cada estádio “V” pode ser acelerada por altas temperaturas ou retardada por estresses hídricos e frio, exigindo visitas constantes ao campo para identificação correta.
Aplicação de Insumos: A contagem correta dos nós (V3, V4, etc.) é frequentemente utilizada como gatilho técnico para a aplicação de herbicidas pós-emergentes e fungicidas preventivos, garantindo a seletividade e eficácia dos produtos.
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