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O que é Estádios Fenológicos Do Feijão

Os estádios fenológicos do feijão representam a cronologia do desenvolvimento da planta de feijoeiro (Phaseolus vulgaris), dividindo seu ciclo de vida em fases distintas baseadas em características morfológicas e fisiológicas visíveis. Essa segmentação é uma ferramenta fundamental na agronomia para padronizar a identificação do momento exato em que a cultura se encontra. O ciclo é macro-dividido em duas grandes etapas: a fase vegetativa (identificada pela letra V), onde o foco da planta é a estruturação de raízes e folhas, e a fase reprodutiva (identificada pela letra R), momento em que a planta direciona sua energia para o florescimento, formação de vagens e enchimento de grãos.

No contexto do agronegócio brasileiro, onde o feijão é cultivado em três épocas distintas (safra das águas, da seca e de inverno) e possui um ciclo considerado curto, o domínio da fenologia é essencial para a gestão de risco e eficiência econômica. Como a cultura é sensível e o mercado apresenta alta flutuação de preços, o produtor não pode errar o “timing” das operações. Compreender os estádios fenológicos permite sincronizar as práticas de manejo — como adubação de cobertura, irrigação e controle fitossanitário — com as necessidades fisiológicas específicas da planta, maximizando o potencial produtivo que varia entre 0,8 a 1,3 ton/ha dependendo da safra.

Principais Características

  • Divisão Binária do Ciclo: A escala é classificada primariamente em estádios Vegetativos (V) e Reprodutivos (R), marcando a transição da planta de “acumuladora de energia” para “produtora de grãos”.

  • Influência do Hábito de Crescimento: A fenologia comporta-se de maneira diferente conforme o tipo de planta. No Tipo 1 (determinado), o crescimento vegetativo cessa na floração; nos Tipos 2, 3 e 4 (indeterminados), a planta continua emitindo folhas e ramos simultaneamente à produção de vagens.

  • Rapidez das Fases: Devido ao ciclo curto do feijoeiro, a transição entre os estádios ocorre de forma acelerada, reduzindo a janela de oportunidade para correções de manejo nutricional ou intervenções contra pragas.

  • Interdependência das Fases: O sucesso da fase reprodutiva depende diretamente da qualidade da fase vegetativa. Uma estrutura foliar e radicular bem estabelecida nos estádios V é o que sustentará a alta demanda energética dos estádios R.

Importante Saber

  • Atenção Crítica na Fase V0: O estádio de germinação (V0) é extremamente sensível. A falta de água ou o ataque de pragas de solo (como lagarta-rosca e larva-alfinete) e fungos neste momento pode comprometer o estande inicial, sendo vital o tratamento de sementes e umidade adequada.

  • Manejo de Irrigação: A identificação dos estádios dita o manejo hídrico. A cultura é muito exigente em água na germinação (média de 1,3 mm/dia) e novamente na floração e enchimento de grãos, sendo menos tolerante a déficits nessas fases.

  • Desuniformidade na Maturação: Em cultivares de crescimento indeterminado (especialmente Tipo 3 e 4), a planta continua vegetando e florescendo ao mesmo tempo. Isso gera uma maturação desuniforme, exigindo planejamento cuidadoso para a colheita ou uso de dessecantes.

  • Monitoramento de Pragas: A incidência e o dano de pragas variam conforme o estádio. O monitoramento deve ser constante, pois o nível de dano econômico muda se a planta está apenas produzindo folhas ou se já está com vagens em formação.

  • Planejamento de Entradas: A aplicação de fungicidas e inseticidas deve ser preventiva ou curativa baseada no estádio fenológico para garantir que o produto proteja a planta no momento de maior suscetibilidade a doenças específicas daquela fase.

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