Fenologia do Milho: Um Guia Completo dos Estádios de Desenvolvimento
Fenologia do milho: o que é, como é dividida, fatores que interferem nos estádios fenológicos e mais. Confira!
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Os estádios fenológicos do milho representam a sistematização técnica do ciclo de vida da planta, dividindo o seu desenvolvimento em fases morfológicas distintas, desde a germinação da semente até a maturação fisiológica dos grãos. No contexto da agronomia brasileira, essa classificação é essencial para o planejamento da safra, pois permite ao produtor e ao técnico identificar as necessidades específicas da cultura em cada momento, independentemente se o ciclo do híbrido é superprecoce, normal ou tardio. A fenologia funciona como um “mapa” biológico que correlaciona o crescimento da planta com as condições edafoclimáticas.
A compreensão desses estádios é a base para a tomada de decisão no campo. O ciclo é segmentado em dois grandes grupos: o estádio vegetativo (representado pela letra V), que foca no desenvolvimento da estrutura da planta, raízes e folhas; e o estádio reprodutivo (representado pela letra R), que abrange desde a polinização até o enchimento e secagem do grão. Dominar esse conhecimento permite aplicar insumos, realizar irrigações e controlar pragas no momento exato em que a planta apresenta maior resposta ou maior vulnerabilidade, protegendo assim o potencial produtivo da lavoura.
Divisão binária do ciclo em fases Vegetativas (V), que vão da emergência ao pendoamento, e fases Reprodutivas (R), que seguem da polinização à maturação.
Identificação dos estádios vegetativos baseada na contagem do número de folhas com o “colar” visível (a linha de junção entre a lâmina foliar e a bainha), e não apenas pela contagem total de folhas abertas.
Definição precoce do potencial produtivo, ocorrendo especificamente entre os estádios V3 e V5, momento em que a planta determina geneticamente o número de folhas e o tamanho potencial das espigas.
Ocorrência do pendoamento (VT) como o marco final do desenvolvimento vegetativo, caracterizado pela exposição completa do pendão, antecedendo imediatamente a liberação de pólen.
Variação na duração cronológica de cada estádio dependendo da soma térmica (graus-dia) acumulada, o que torna o desenvolvimento dependente da temperatura e não apenas do calendário civil.
O ponto de crescimento (meristema apical) da planta de milho permanece abaixo da superfície do solo até aproximadamente o estádio V5 ou V6, oferecendo uma proteção natural contra geadas leves ou danos mecânicos nas fases iniciais.
A uniformidade na fase de emergência (VE) é determinante para o estande final; plantas que emergem com atraso em relação às vizinhas tornam-se “plantas dominadas”, consumindo recursos mas produzindo espigas pequenas ou nulas.
Estresses ocorridos especificamente em V4, sejam por pragas, doenças ou competição com plantas daninhas, podem acarretar perdas irreversíveis de produtividade, variando entre 6% e 14%, devido à definição do número de fileiras de grãos na espiga.
O manejo da adubação nitrogenada de cobertura deve ser sincronizado com os estádios fenológicos (geralmente entre V4 e V8) para garantir que o nutriente esteja disponível no momento de maior taxa de absorção pela cultura.
O período mais crítico para a definição da produtividade ocorre na transição de VT para R1 (espigamento e polinização); a falta de água ou temperaturas extremas nesta janela podem causar falhas na granação e abortamento de grãos.
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