O que é Feijao Plantacao

A plantação de feijão refere-se ao conjunto de práticas agronômicas voltadas para o cultivo do feijoeiro (Phaseolus vulgaris), uma das culturas mais tradicionais e estratégicas para a segurança alimentar e a economia agrícola no Brasil. Trata-se de uma atividade dinâmica que, devido à diversidade climática do território nacional, permite a realização de até três safras anuais — conhecidas como safra das águas, da seca e de inverno (ou terceira safra). Segundo dados históricos da Conab, a produção nacional consolidada tem superado a marca de 3 milhões de toneladas, evidenciando a importância do grão tanto para o consumo interno quanto para a renda do produtor rural.

Para obter êxito na lavoura, o processo exige um nível elevado de tecnificação e planejamento, uma vez que o feijão é uma cultura de ciclo curto e bastante sensível às variações do ambiente. O conceito de “plantação” aqui engloba desde a análise prévia das condições edafoclimáticas (solo e clima) até a colheita, passando pela escolha correta da cultivar e manejo nutricional. O objetivo central é maximizar a produtividade por hectare, mitigando riscos associados a estresses térmicos, hídricos e fitossanitários que podem ocasionar a quebra de safra.

Principais Características

  • Exigência térmica específica: A cultura apresenta seu melhor desenvolvimento fisiológico em temperaturas médias entre 18°C e 24°C, sendo 21°C considerada a temperatura ideal para o equilíbrio entre crescimento vegetativo e reprodutivo.
  • Ciclo curto e dinâmico: Por ser uma planta de desenvolvimento rápido, as janelas de intervenção de manejo são estreitas, exigindo monitoramento constante para não perder o momento certo de adubação ou controle de pragas.
  • Demanda hídrica definida: O feijoeiro necessita de um volume de chuvas (ou irrigação) entre 300 mm e 400 mm durante o ciclo, demandando distribuição uniforme para evitar estresse hídrico em fases críticas.
  • Sazonalidade de plantio: O calendário agrícola é dividido em três períodos principais (setembro-novembro, janeiro-março e maio-julho), variando conforme a região e o regime de chuvas local.
  • Preferência pedológica: O sistema radicular do feijão desenvolve-se melhor em solos soltos, porosos, bem drenados e com bons níveis de matéria orgânica, sendo intolerante a solos compactados ou encharcados.

Importante Saber

  • Sensibilidade a temperaturas extremas: O produtor deve estar atento ao fato de que temperaturas abaixo de 12°C ou acima de 30°C podem provocar o abortamento de flores, vagens e grãos, reduzindo drasticamente o potencial produtivo.
  • Equilíbrio na radiação solar: O manejo da densidade de plantas é crucial; o excesso de população causa auto-sombreamento (reduzindo a produção), enquanto a falta de plantas diminui o índice de área foliar e a captação de energia.
  • Riscos do excesso de umidade: Chuvas excessivas, especialmente na colheita, podem causar o acamamento das plantas, perda de qualidade do grão e favorecer a incidência de doenças fúngicas e bacterianas.
  • Impacto da seca: O déficit hídrico é severo para a cultura; na germinação, causa falhas no estande (número de plantas por metro), e na floração, resulta em menor pegamento de vagens.
  • Regionalização do manejo: Não existe uma “receita única”; as datas de semeadura e as cultivares escolhidas devem respeitar rigorosamente o zoneamento agrícola de cada estado para minimizar riscos climáticos.
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