O que é Feijao Preto Preco
A tag “Feijão Preto Preço” refere-se ao monitoramento e à análise das cotações de mercado da saca de 60 kg do feijão preto, uma das variedades mais consumidas e cultivadas no Brasil, especialmente na região Sul e em estados como o Rio de Janeiro. No contexto agronômico e comercial, este indicador não é apenas um valor monetário, mas o reflexo direto da interação entre a oferta disponível (produção nacional somada a estoques e importações) e a demanda de consumo interno. Para o produtor rural, acompanhar essa métrica é vital para a definição de estratégias de venda e para o cálculo da rentabilidade da lavoura.
Diferente do feijão carioca, que possui um mercado quase exclusivamente doméstico, o preço do feijão preto sofre influências externas mais perceptíveis, uma vez que é uma commodity passível de importação e exportação, com forte relação comercial com países vizinhos como a Argentina. Em 2025, o cenário aponta para uma valorização sustentada pela oferta ajustada, onde os preços se mantêm firmes devido à entressafra e às condições climáticas que afetam a produtividade nas principais praças produtoras.
A formação desse preço ocorre em diversos níveis, desde a “bolsinha” (mercado físico de referência em São Paulo) até as negociações regionais no Paraná e Rio Grande do Sul. Entender a dinâmica do “Feijão Preto Preço” envolve analisar os ciclos das três safras brasileiras, a qualidade dos grãos colhidos e os custos de produção, permitindo ao agricultor identificar janelas de oportunidade para comercializar sua produção com margens de lucro mais atrativas.
Principais Características
- Estabilidade Relativa: Historicamente, o feijão preto tende a apresentar uma volatilidade de preços ligeiramente menor que o carioca, devido à sua maior capacidade de armazenamento e conservação de cor, permitindo que o produtor segure o produto por mais tempo à espera de melhores cotações.
- Cotação Atual (Início de 2025): Conforme dados recentes de mercado, a saca de 60 kg do feijão preto tem sido negociada em patamares firmes, variando entre R 320,00 e R 340,00, refletindo um equilíbrio entre a oferta restrita da entressafra e a demanda constante.
- Influência da Importação: O teto e o piso do preço do feijão preto são frequentemente balizados pela paridade de importação, principalmente do feijão argentino; quando o preço interno sobe muito, a entrada do produto estrangeiro tende a regular o mercado.
- Sazonalidade da Produção: Os preços reagem diretamente aos calendários de colheita, com tendências de alta durante a entressafra (início do ano) e ajustes de baixa durante a entrada da primeira safra, especialmente vinda do Paraná e Santa Catarina.
- Padrão de Qualidade: A precificação é altamente sensível à classificação do grão; lotes com alta umidade, defeitos ou impurezas sofrem deságios significativos, enquanto o feijão “extra” ou “tipo 1” com boa cor e cozimento alcança os valores máximos da tabela.
Importante Saber
- Janelas de Comercialização: O início do ano, caracterizado pela entressafra, geralmente oferece preços mais elevados devido à escassez de produto novo no mercado, sendo um momento estratégico para quem possui estoque de qualidade.
- Impacto Climático: Fatores como excesso de chuvas no Sul (que prejudicam a colheita e a qualidade sanitária) ou secas no Sudeste são gatilhos imediatos para a alta dos preços, pois reduzem a estimativa de oferta disponível.
- Custo x Venda: Para garantir a sustentabilidade do negócio, o produtor não deve olhar apenas para o preço de venda, mas sim para a margem de lucro; é essencial calcular o custo de produção por hectare atualizado antes de fechar negócios.
- Monitoramento Regional: As cotações podem variar significativamente entre praças; o preço pago ao produtor no Paraná pode diferir do praticado em Minas Gerais ou Goiás, dependendo da logística e da demanda local das empacotadoras.
- Tendência para 2025: A previsão indica manutenção de preços firmes no primeiro trimestre, com possibilidade de recuo moderado a partir do segundo semestre, condicionado ao sucesso da segunda safra e à regularidade climática.