Doenças de Culturas de Inverno: Guia de Identificação e Manejo
Doenças como ferrugem e giberela ameaçam as culturas de inverno. Saiba identificar os sintomas e manejar sua lavoura para evitar perdas de até 40%.
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A Ferrugem do Trigo, especificamente conhecida como ferrugem da folha, é uma doença fúngica causada pelo patógeno Puccinia triticina. É considerada a enfermidade mais comum e disseminada nas regiões produtoras de trigo no Brasil, estando presente em praticamente todas as safras. A doença ataca a parte aérea da planta, reduzindo a área foliar verde disponível para a fotossíntese. Como consequência, a planta tem menor capacidade de produzir energia para o enchimento de grãos, o que resulta em grãos menores, com menor peso específico e qualidade inferior.
No contexto do agronegócio brasileiro, a ferrugem da folha representa um dos maiores desafios fitossanitários para as culturas de inverno, especialmente nos estados da região Sul. O fungo encontra condições ideais em climas com temperaturas amenas e umidade, típicos da estação. A severidade da doença é alarmante: relatos técnicos indicam que, na ausência de controle ou em casos de manejo tardio, as perdas na produtividade podem alcançar até 50%, comprometendo severamente a rentabilidade do produtor rural.
Agente Causal: A doença é provocada pelo fungo Puccinia triticina, um patógeno biotrófico altamente especializado que depende da planta viva para sobreviver.
Sintomas Visuais: A identificação é feita pela presença de pústulas (pequenas bolhas) arredondadas de coloração laranja ou marrom-alaranjada.
Localização na Planta: As lesões ocorrem predominantemente na face superior das folhas, embora possam aparecer na bainha em casos de alta severidade.
Disseminação: Os esporos (uredosporos) são leves e facilmente transportados pelo vento a longas distâncias, facilitando a rápida contaminação de áreas vizinhas.
Ocorrência Temporal: A doença pode incidir em qualquer estádio fenológico da cultura, desde as fases iniciais de desenvolvimento vegetativo até o espigamento.
Monitoramento Constante: Devido à sua capacidade de aparecer em qualquer fase do ciclo, o monitoramento da lavoura deve ser frequente para identificar os primeiros sinais (pústulas) e evitar epidemias.
Controle Genético: A utilização de cultivares com resistência genética é a principal e mais econômica estratégia de manejo, embora a variabilidade do fungo possa quebrar essa resistência ao longo do tempo.
Eliminação de Plantas Voluntárias: O controle da “tiguera” (plantas de trigo que nascem espontaneamente na entressafra) é fundamental, pois elas servem de “ponte verde”, abrigando o fungo entre uma safra e outra.
Rotação de Culturas: Evitar o plantio sucessivo de trigo ou gramíneas suscetíveis na mesma área ajuda a reduzir a pressão de inóculo inicial, embora o transporte pelo vento exija medidas regionais.
Controle Químico: A aplicação de fungicidas deve ser realizada de forma preventiva ou curativa logo no início dos sintomas, respeitando as recomendações técnicas para evitar a seleção de fungos resistentes aos defensivos.
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