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O que é Ferrugem No Milho

A ferrugem no milho é um complexo de doenças fúngicas que afeta a parte aérea da cultura, sendo considerada uma das principais ameaças fitossanitárias para a produtividade das lavouras brasileiras. Ela é causada por três agentes patogênicos distintos: Puccinia polysora (ferrugem polissora), Puccinia sorghi (ferrugem comum) e Physopella zeae (ferrugem branca ou tropical). A doença se manifesta principalmente através da formação de pústulas nas folhas, que rompem a epiderme vegetal para liberar esporos, comprometendo a área fotossintética da planta e, consequentemente, o enchimento de grãos.

No contexto do agronegócio brasileiro, a incidência dessas doenças varia conforme a região, a altitude e as condições climáticas de cada safra. A ferrugem polissora, por exemplo, tem ganhado destaque negativo devido à sua agressividade em regiões de clima quente e úmido, como no Centro-Oeste e em partes do Sul do Brasil. Surtos severos, quando não controlados, podem ocasionar perdas de produtividade que chegam a 65%, impactando drasticamente a rentabilidade do produtor rural.

O desenvolvimento dos fungos causadores da ferrugem é altamente favorecido por ambientes com alta umidade relativa do ar e temperaturas que variam entre 16°C e 30°C, dependendo da espécie do patógeno. A disseminação ocorre de forma rápida através do vento, que transporta os urediniósporos por longas distâncias, ou por meio de equipamentos contaminados. O manejo inadequado, como a falta de rotação de culturas e o uso contínuo de híbridos suscetíveis, agrava a persistência do inóculo na área, exigindo um monitoramento constante e estratégias de controle integrado.

Principais Características

  • Agentes Causais Distintos: A doença não é única, manifestando-se em três tipos principais (polissora, comum e branca), cada uma com especificidades de agressividade e preferências climáticas.

  • Sintomatologia Visual: Caracteriza-se pela presença de pústulas (bolhas) nas folhas, que podem variar de formato (circular a alongado) e coloração (marrom-claro, dourado ou avermelhado), dependendo do fungo.

  • Redução da Área Foliar: A infecção causa necrose e morte antecipada das folhas (senescência precoce), diminuindo a capacidade da planta de realizar fotossíntese e nutrir as espigas.

  • Disseminação Eólica: Os esporos dos fungos são leves e facilmente transportados pelo vento, o que facilita a contaminação rápida entre talhões e propriedades vizinhas.

  • Dependência Climática: A severidade da infecção está diretamente ligada às condições ambientais, prosperando em cenários de alta umidade e temperaturas amenas a quentes.

Importante Saber

  • Agressividade da Ferrugem Polissora: Entre os tipos existentes, a ferrugem polissora (Puccinia polysora) é a mais destrutiva no Brasil, exigindo atenção redobrada em regiões de baixa altitude e temperaturas mais elevadas.

  • Escolha de Cultivares: O uso de híbridos com resistência genética é a principal ferramenta de controle, porém, dados indicam que uma parcela pequena das cultivares disponíveis no mercado possui resistência robusta à ferrugem polissora.

  • Impacto no Enchimento de Grãos: O ataque severo da doença afeta diretamente o peso final dos grãos e o vigor da planta, resultando em perdas econômicas significativas se o controle não for realizado no momento correto.

  • Manejo com Fungicidas: A aplicação de fungicidas deve ser preventiva ou realizada logo no aparecimento dos primeiros sintomas (pústulas), pois a eficiência do controle químico diminui conforme a severidade da doença avança.

  • Monitoramento Constante: A identificação correta do tipo de ferrugem e o monitoramento das condições climáticas são essenciais para a tomada de decisão, evitando aplicações desnecessárias ou tardias.

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