Estilosantes: O Guia Completo para Adubação Verde e Cobertura do Solo
Estilosante: saiba como utilizar a leguminosa, suas vantagens, desvantagens e impactos na produção de grãos em sucessão
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A Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) é um processo natural e fundamental para a sustentabilidade da agricultura tropical, no qual o nitrogênio atmosférico (N_2) é capturado e convertido em formas assimiláveis pelas plantas, como a amônia (NH_3). Esse fenômeno ocorre principalmente através de uma relação simbiótica entre plantas da família das leguminosas — como a crotalária e o estilosantes — e bactérias específicas do solo, conhecidas genericamente como rizóbios, que se alojam nas raízes formando nódulos.
No contexto do agronegócio brasileiro, a fixação de nitrogênio desempenha um papel estratégico na redução de custos operacionais e na recuperação de solos degradados. Ao utilizar espécies capazes de realizar a FBN, o produtor rural transforma sua lavoura em uma “biofábrica” de fertilizantes. A planta captura o nutriente do ar, incorpora-o em sua biomassa e, após o manejo ou dessecação, libera esse nitrogênio no solo através da decomposição, deixando-o disponível para a cultura subsequente ou para a pastagem consorciada.
Essa prática é a base da adubação verde e é amplamente utilizada em sistemas de sucessão e rotação de culturas. Diferente da adubação nitrogenada sintética (como a ureia), que está sujeita a perdas por volatilização e lixiviação, o nitrogênio fixado biologicamente é liberado de forma gradual, sincronizando melhor a oferta do nutriente com a demanda das plantas comerciais, além de promover um incremento significativo na matéria orgânica e na atividade biológica do solo.
Simbiose Radicular: Ocorre mediante a infecção das raízes por bactérias fixadoras, resultando na formação de nódulos visíveis onde a conversão química acontece.
Aporte de Nitrogênio: Capaz de incorporar quantidades significativas de nitrogênio ao sistema, variando conforme a espécie (estilosantes, crotalária) e as condições edafoclimáticas.
Relação C/N: Leguminosas fixadoras geralmente possuem uma baixa relação Carbono/Nitrogênio, o que favorece uma decomposição rápida e a mineralização acelerada do nutriente após o corte ou dessecação.
Sistema Radicular Profundo: Muitas plantas fixadoras, como a crotalária, possuem raízes pivotantes que, além de fixar N, reciclam nutrientes de camadas profundas e descompactam o solo.
Independência de Insumos: As plantas fixadoras não exigem aplicação de adubos nitrogenados para seu próprio desenvolvimento, reduzindo o custo de implantação da cobertura.
Benefício para a Sucessão: O principal ganho econômico ocorre na cultura seguinte (como milho, algodão ou feijão), que se beneficia do nitrogênio residual deixado pela leguminosa, permitindo a redução da adubação química.
Consórcio com Gramíneas: A fixação de nitrogênio é vital na recuperação de pastagens; ao consorciar estilosantes com Brachiaria, por exemplo, a leguminosa fornece nitrogênio para o capim, aumentando a qualidade da forragem e a longevidade do pasto.
Manejo da Decomposição: A velocidade de liberação do nitrogênio depende do manejo; o estilosantes tende a se decompor rapidamente, liberando nutrientes logo no início do ciclo da cultura sucessora.
Inoculação: Para garantir a eficiência da fixação, muitas vezes é necessário inocular as sementes com as estirpes de bactérias específicas para cada leguminosa antes do plantio.
Impacto Ambiental: Além da nutrição, o uso de plantas fixadoras protege o solo contra erosão e melhora a estrutura física da terra, sendo uma ferramenta essencial para o Sistema de Plantio Direto.
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