Mancha de Phoma no Cafeeiro: Guia Completo para Proteger sua Florada
Mancha de Phoma no cafeeiro: entenda as condições para ocorrência e os principais cuidados para prevenção e controle.
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Ler o Guia Principal sobre Florada do Café →A florada do café é um estágio fenológico decisivo no ciclo reprodutivo do cafeeiro, marcando a transição do desenvolvimento vegetativo para o início da frutificação. No contexto da cafeicultura brasileira, especialmente para a espécie Coffea arabica, este fenômeno ocorre predominantemente entre os meses de setembro e novembro, sendo desencadeado pelo retorno das chuvas ou irrigação após um período de déficit hídrico. O processo inicia-se meses antes, com a diferenciação das gemas nos ramos plagiotrópicos (laterais), que permanecem em dormência até receberem o estímulo hídrico necessário para a antese (abertura das flores).
Este momento define o potencial produtivo máximo da safra seguinte, pois cada flor representa, teoricamente, um futuro grão de café. A intensidade e a uniformidade da florada são indicadores diretos da saúde da planta e do manejo nutricional realizado nas etapas anteriores. Embora as flores brancas e perfumadas criem um cenário visualmente impactante, a fase exige monitoramento técnico rigoroso, pois o cafeeiro direciona grande parte de sua energia para a reprodução. Falhas neste estágio, sejam por questões climáticas, nutricionais ou fitossanitárias, resultam em perdas irreversíveis na produtividade final.
Indução Hídrica: A abertura dos botões florais ocorre cerca de 11 dias após um estímulo hídrico significativo (chuva ou irrigação) que rompe a dormência das gemas maduras.
Localização nos Ramos: As flores surgem nas rosetas dos ramos plagiotrópicos (ramos laterais produtivos), sendo que a quantidade de nós nestes ramos determina a abundância da florada.
Duração Curta: O auge da abertura floral (antese) é efêmero, durando geralmente cerca de três dias, o que exige prontidão no manejo fitossanitário.
Múltiplas Floradas: É comum ocorrerem várias floradas em uma mesma safra devido à irregularidade das chuvas, o que pode resultar em maturação desigual dos frutos (café “desuniforme”) na colheita.
Sensibilidade Climática: O processo é altamente influenciado pela temperatura e umidade; condições extremas podem abortar a florada ou favorecer doenças.
Alerta de Desfolha: Uma lavoura com flores excessivamente visíveis (“branca de neve”) pode ser um sinal negativo, indicando que a planta está com pouca massa foliar. Sem folhas suficientes para realizar fotossíntese, o pegamento dos frutos será baixo e o enchimento dos grãos comprometido.
Controle de Doenças: O período é crítico para a incidência de Mancha-de-Phoma e Mancha-Aureolada, especialmente em regiões de altitude elevada, com temperaturas amenas e alta umidade. O controle preventivo deve iniciar ainda no outono-inverno.
Risco de Mumificação: Doenças fúngicas não controladas durante a florada podem levar à mumificação dos “chumbinhos” (frutos recém-formados), causando a queda prematura e redução drástica da produtividade.
Manejo da Irrigação: Em lavouras irrigadas, é possível manipular o estresse hídrico para sincronizar a abertura dos botões, visando uma florada mais uniforme e, consequentemente, uma colheita mais eficiente e de melhor qualidade.
Nutrição Prévia: O sucesso da florada depende da reserva nutricional acumulada pela planta nos meses anteriores; aplicações de fertilizantes durante a florada visam mais o pegamento e enchimento do fruto do que a quantidade de flores em si.
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Florada do café: Os principais cuidados como controle de doenças, irrigação e outros para garantir melhor produção na próxima safra.