Florada do Citros: 3 Manejos Essenciais para Aumentar a Produção
Florada do citros: Irrigação, manejos de adubação, controle fitossanitário e outras recomendações para alcançar melhor produtividade no pomar!
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Ler o Guia Principal sobre Florada do Citros →A florada dos citros é o processo fisiológico reprodutivo que define o potencial produtivo do pomar, marcando a transição dos botões vegetativos para florais e o consequente desenvolvimento dos frutos. No contexto da citricultura brasileira, especialmente nas regiões de clima subtropical (como o Sudeste e Sul), este fenômeno ocorre predominantemente em surtos ou fluxos de crescimento. O fluxo da primavera, que geralmente acontece entre o final de julho e meados de setembro, é considerado o mais importante economicamente, pois é o responsável por originar a safra principal da cultura.
O desencadeamento da florada é um processo complexo que depende de um equilíbrio fino entre fatores internos da planta (endógenos), como níveis de carboidratos e hormônios, e fatores externos (exógenos), como temperatura e disponibilidade de água. Para que a indução floral ocorra de maneira satisfatória, a planta necessita de um gatilho fisiológico, que na maioria dos pomares comerciais é provocado por um período de estresse hídrico controlado ou pela diminuição da temperatura. Sem esse estímulo, a planta tende a manter-se em crescimento vegetativo, reduzindo a produção de flores.
Do ponto de vista prático, a florada é o primeiro estágio crítico para garantir uma colheita rentável. O sucesso desta fase não depende apenas da quantidade de flores emitidas, mas da capacidade da planta em fixá-las e transformá-las em frutos (“pegamento”). Florescimentos fracos ou o abortamento excessivo de flores devido a desequilíbrios nutricionais, estresse climático severo ou ataque de doenças podem comprometer irreversivelmente o volume final da produção, exigindo do produtor um monitoramento constante das condições fenológicas do pomar.
Indução por Estresse: O principal gatilho para o florescimento em regiões tropicais e subtropicais é o estresse hídrico (déficit de água), que paralisa temporariamente o crescimento vegetativo e estimula a diferenciação das gemas florais.
Tipos de Inflorescência: As flores podem surgir em inflorescências acompanhadas de folhas ou em ramos apenas com flores. As inflorescências com folhas tendem a ter maior taxa de fixação de frutos devido ao aporte direto de fotoassimilados.
Fases Fenológicas Definidas: O desenvolvimento floral passa por 7 estágios visuais distintos, desde o botão verde (R1) e botão “cotonete” (R4), até a abertura da flor (R5), queda das pétalas (R6) e a formação do fruto inicial ou “chumbinho” (R7).
Sazonalidade Climática: Em climas subtropicais, ocorrem de 2 a 5 fluxos de crescimento anuais, com concentração floral na primavera. Em climas tropicais mais quentes, o florescimento pode ser contínuo ou manipulado via manejo de irrigação.
Demanda Energética: O processo exige alta demanda de reservas de carboidratos da planta; árvores com baixas reservas nutricionais tendem a apresentar floradas menos vigorosas ou maior taxa de abortamento.
Manejo da Irrigação: Embora o estresse hídrico seja necessário para induzir a florada, o retorno da água (chuva ou irrigação) é crucial logo após a indução. A falta de água durante a abertura das flores e formação do chumbinho pode causar queda acentuada da produção.
Proteção Fitossanitária: A fase de florada é extremamente sensível a doenças fúngicas (como a podridão floral) e pragas. O monitoramento deve ser intensificado, pois danos às flores impactam diretamente o número de frutos colhidos.
Importância das Folhas: Inflorescências que possuem folhas novas adjacentes às flores apresentam maiores chances de “vingar” o fruto, pois essas folhas fornecem hormônios e energia essenciais para o desenvolvimento inicial do ovário.
Nutrição Estratégica: O plano de adubação deve considerar o alto consumo de nutrientes nesta fase. Deficiências nutricionais durante a florada resultam em flores malformadas e baixa retenção de frutos.
Variação por Variedade: Diferentes combinações de copa e porta-enxerto, bem como a idade do pomar, influenciam a intensidade da florada e a necessidade hídrica, exigindo ajustes específicos no manejo para cada talhão.
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