Superfosfato Simples: 18% P, 16% Ca, 10% S | Aegro
Superfosfato simples: composição (18% P₂O₅, 16% Ca, 10% S), diferença para triplo, vantagens, desvantagens e melhor forma de aplicar. Guia prático!
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O fósforo no solo refere-se à presença e à dinâmica de um dos macronutrientes mais críticos para a produtividade agrícola, essencial para processos fisiológicos vitais como a fotossíntese, o armazenamento de energia (ATP) e a divisão celular. No contexto da agricultura brasileira, o manejo deste elemento representa um dos maiores desafios técnicos, uma vez que a grande maioria dos solos tropicais — altamente intemperizados — apresenta baixa fertilidade natural e uma característica química conhecida como alta capacidade de fixação de fósforo.
Diferente de nutrientes como o nitrogênio, o fósforo é considerado praticamente imóvel no perfil do solo, não se deslocando facilmente com a água até as raízes. Isso significa que a planta precisa interceptar o nutriente fisicamente através do crescimento radicular para absorvê-lo. Em solos ácidos e argilosos, comuns no Brasil, o fósforo tende a reagir quimicamente com óxidos de ferro e alumínio ou precipitar-se com cálcio, tornando-se indisponível para as culturas. Na prática, existe uma “competição” constante entre o solo e a planta pelo adubo aplicado.
Para garantir que as lavouras expressem seu potencial produtivo, o produtor deve adotar estratégias que aumentem a disponibilidade deste nutriente. Isso envolve não apenas a escolha correta da fonte de fertilizante (solúvel ou natural), mas principalmente o preparo do ambiente produtivo. A correção da acidez e a construção da fertilidade do solo são etapas fundamentais para reduzir a fixação e permitir que o fósforo exerça sua função no enraizamento inicial, na formação de grãos e na maturação dos frutos.
Baixa Mobilidade: O fósforo praticamente não se move no solo, exigindo que o sistema radicular da planta cresça até encontrá-lo ou que a adubação seja posicionada estrategicamente próxima às raízes.
Alta Fixação: Em solos tropicais ácidos, o fósforo é fortemente adsorvido por partículas de argila e óxidos, ficando “preso” e indisponível para absorção imediata pelas plantas.
Função Energética: É o nutriente chave para a transferência de energia dentro da planta, sendo indispensável para a fotossíntese, respiração e síntese de proteínas.
Estímulo ao Enraizamento: A presença adequada de fósforo no solo é determinante para o desenvolvimento vigoroso das raízes nas fases iniciais da cultura.
Dependência do pH: A disponibilidade do fósforo é maximizada em solos com pH entre 5,5 e 6,5; fora dessa faixa, a eficiência da adubação cai drasticamente.
A realização da calagem (aplicação de calcário) é indispensável antes da adubação fosfatada, pois corrigir o pH do solo libera o fósforo fixado e aumenta o aproveitamento do fertilizante.
Devido à sua imobilidade, a aplicação de fósforo no sulco de plantio (localizada) costuma ser mais eficiente para culturas anuais do que a aplicação a lanço em superfície sem incorporação.
Solos com maior teor de argila possuem maior capacidade de retenção de fósforo, exigindo doses maiores de fertilizante para atingir os mesmos níveis de disponibilidade encontrados em solos arenosos.
Fontes de alta solubilidade em água (como Superfosfato Simples, Triplo e MAP) são recomendadas para fornecer fósforo prontamente disponível no arranque da lavoura.
A análise de solo deve ser feita periodicamente para monitorar os níveis de fósforo remanescente e definir se a adubação deve ser de correção (para elevar os níveis) ou de manutenção (para repor o que a colheita extraiu).
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