O que é Fotos De Picada De Maria Fedida
No contexto agronômico, a busca por “fotos de picada de Maria Fedida” refere-se à identificação visual dos danos causados pelos percevejos da família Pentatomidae, popularmente conhecidos como Maria Fedida, percevejo-verde ou percevejo-marrom. Embora o termo “picada” seja coloquialmente associado a ataques em humanos ou animais, na agricultura ele descreve o ato de alimentação do inseto, que insere seu estilete (aparelho bucal sugador) nos tecidos vegetais, principalmente em vagens e grãos, para extrair seiva e nutrientes.
A identificação visual dessas lesões é uma ferramenta diagnóstica fundamental para o produtor rural e para o agrônomo. As “fotos” ou referências visuais servem para distinguir o dano do percevejo de outras injúrias, como doenças fúngicas ou deficiências nutricionais. Quando o percevejo se alimenta, ele não apenas perfura o tecido, mas também injeta enzimas digestivas que causam necrose celular, resultando em manchas escuras, deformações nos grãos e alterações fisiológicas na planta.
No Brasil, onde a soja e o milho são culturas predominantes, reconhecer o aspecto visual dessa “picada” nas fases reprodutivas da lavoura é crucial. O dano direto resulta em grãos “chochos”, menores e com menor peso, enquanto o dano indireto pode provocar a retenção foliar (soja louca), dificultando a colheita mecânica. Portanto, o termo engloba o reconhecimento sintomatológico do ataque dessa praga no campo.
Principais Características
- Lesão Necrótica: A “picada” deixa uma marca característica no grão ou na vagem, geralmente um ponto escuro circundado por uma área de tecido morto ou manchado, resultante da ação das enzimas salivares do inseto.
- Deformação de Grãos: Em estágios de enchimento de grãos, a sucção provoca o murchamento e enrugamento da semente, característica visualmente identificável como grão “chocho”.
- Porta de Entrada para Patógenos: A perfuração rompe a barreira física da planta, permitindo a entrada de fungos e bactérias que causam podridões secundárias, alterando a cor e a qualidade visual do produto final.
- Retenção Foliar: Em ataques severos, a planta não senesce naturalmente; as folhas permanecem verdes e as hastes úmidas mesmo quando as vagens já estão secas, um sintoma visual macroscópico na lavoura.
- Identificação do Inseto: A “Maria Fedida” (geralmente Nezara viridula ou Euschistus heros) possui corpo em formato de escudo, antenas com cinco segmentos e libera odor desagradável quando perturbada, sendo facilmente visível durante o monitoramento.
Importante Saber
- Monitoramento Ativo: Não espere ver a “picada” ou o dano no grão para agir; quando o sintoma visual aparece, o prejuízo produtivo já ocorreu. O monitoramento deve focar na contagem de insetos por metro ou pano de batida.
- Diferenciação de Doenças: É comum confundir as manchas causadas pela picada do percevejo com doenças como a mancha-púrpura ou antracnose; a análise correta da lesão (presença de orifício central) é vital para o manejo adequado.
- Impacto na Semente: Para produtores de sementes, a identificação visual de danos de percevejo é crítica, pois a picada afeta diretamente o vigor e a germinação, inviabilizando o lote mesmo que a aparência externa seja razoável.
- Período Crítico: A atenção aos sinais visuais deve ser redobrada entre o florescimento e o enchimento de grãos (R3 a R6 na soja), fase em que a cultura é mais suscetível e os danos são irreversíveis.
- Transmissão de Doenças: Além do dano físico, a picada da Maria Fedida pode transmitir doenças como a levedura Nematospora coryli, que causa manchas nos grãos e perda severa de qualidade, exigindo controle rigoroso.