Módulo 4 - Aula 3: Controle Estratégico de Doenças em Culturas de Grãos
Domine as estratégias de controle de doenças em soja, milho, sorgo e feijão. Aprenda a integrar resistência genética, controle químico e práticas cult...
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Os fungicidas são defensivos agrícolas formulados especificamente para inibir, eliminar ou impedir o desenvolvimento de fungos fitopatogênicos que atacam as culturas comerciais. No contexto do agronegócio brasileiro, caracterizado por um clima tropical com altas temperaturas e umidade, a pressão de doenças fúngicas é constante e intensa, tornando o uso desses produtos uma ferramenta indispensável para garantir a produtividade e a qualidade dos grãos, especialmente em culturas de larga escala como a soja, o milho e o algodão.
Esses produtos atuam interferindo em processos vitais dos fungos, como a respiração celular, a divisão celular ou a síntese de componentes da membrana. A eficácia de um fungicida não depende apenas de sua composição química, mas também da interação com a planta e o ambiente. Eles são fundamentais não apenas para evitar perdas diretas na colheita, mas também para prevenir a contaminação por micotoxinas, que podem comprometer a segurança alimentar e o valor comercial do produto final.
É crucial compreender que os fungicidas devem ser encarados como parte de um sistema de manejo, e não como uma solução isolada. O uso indiscriminado ou tecnicamente incorreto pode levar à seleção de populações de fungos resistentes, um problema crescente no Brasil, onde patógenos como o da ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi) já demonstram sensibilidade reduzida a certos grupos químicos, exigindo estratégias de proteção cada vez mais complexas e integradas.
Mecanismo de Ação: Podem ser sítio-específicos, atuando em um único processo metabólico do fungo (maior risco de resistência), ou multissítios, que afetam múltiplos processos simultaneamente, sendo essenciais para o manejo de resistência.
Mobilidade na Planta: Classificam-se em sistêmicos, que são absorvidos e translocados pelos tecidos vegetais (ação curativa e preventiva), ou de contato (protetores), que permanecem na superfície da folha formando uma barreira tóxica.
Espectro de Controle: Variam desde produtos de amplo espectro, capazes de controlar diversas doenças simultaneamente, até produtos específicos desenhados para combater determinados grupos de fungos.
Residual: Refere-se ao tempo de permanência do produto ativo na planta após a aplicação, determinando o intervalo necessário entre as pulverizações para manter a cultura protegida.
Seletividade: A capacidade do produto de combater o patógeno sem causar fitotoxicidade à cultura, preservando o potencial produtivo da planta hospedeira.
Rotação de Princípios Ativos: É fundamental alternar produtos com diferentes mecanismos de ação para evitar a seleção de fungos resistentes; o uso repetido do mesmo grupo químico acelera a perda de eficácia do produto.
Momento da Aplicação: A eficiência é drasticamente maior quando aplicados de forma preventiva ou nos estágios iniciais da infecção; aplicações tardias em altas infestações geralmente resultam em falhas de controle.
Tecnologia de Aplicação: A qualidade da pulverização (tamanho de gota, volume de calda, condições climáticas) é tão importante quanto o produto escolhido, garantindo que o alvo seja atingido adequadamente.
Manejo Integrado de Doenças (MID): O controle químico deve ser associado a outras práticas, como o uso de cultivares resistentes, rotação de culturas, respeito ao vazio sanitário e semeadura na época correta.
Respeito à Bula: Utilizar as doses recomendadas pelo fabricante é obrigatório; subdoses não controlam a doença eficazmente e permitem a sobrevivência dos fungos mais fortes, enquanto superdoses elevam custos e riscos ambientais.
Monitoramento Constante: A vistoria frequente da lavoura é necessária para identificar os primeiros sintomas e decidir o momento exato de entrada com o fungicida, baseando-se em critérios técnicos e não apenas em calendário.
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