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Os fungos entomopatogênicos são microrganismos especializados que atuam como parasitas de insetos, causando doenças que levam à morte do hospedeiro. O termo deriva do grego, onde “entomo” refere-se a inseto e “patogênico” indica a capacidade de causar doença. No contexto do agronegócio brasileiro, esses agentes biológicos ganharam enorme relevância como ferramentas essenciais no Manejo Integrado de Pragas (MIP), oferecendo uma alternativa sustentável e eficaz para o controle de infestações em diversas culturas, como soja, milho, café e cana-de-açúcar.
Diferentemente de predadores que consomem a presa, esses fungos agem por contato. O processo de infecção inicia-se quando os esporos (conídios) do fungo aderem à cutícula do inseto. Em condições adequadas de umidade e temperatura, o esporo germina e penetra no corpo da praga através de pressão mecânica e enzimas. Uma vez no interior, o fungo se multiplica, consumindo os nutrientes do inseto e liberando toxinas que paralisam suas funções vitais. Após a morte do hospedeiro, o fungo pode emergir novamente para a superfície do cadáver, produzindo novos esporos que serão dispersos no ambiente para infectar outros insetos, criando um ciclo de controle natural na lavoura.
Mecanismo de Ação por Contato: Ao contrário de muitos inseticidas biológicos bacterianos que precisam ser ingeridos, os fungos entomopatogênicos infectam o alvo através do contato direto com o tegumento (pele) do inseto, sendo eficazes contra pragas sugadoras e mastigadoras.
Especificidade de Isolados: A eficácia do controle depende diretamente da linhagem (isolado) do fungo utilizado; diferentes isolados da mesma espécie de fungo podem ter níveis de virulência distintos para pragas específicas.
Produção de Toxinas: Durante o processo de colonização interna, o fungo libera metabólitos tóxicos que aceleram a morte do inseto e ajudam a suprimir o sistema imunológico da praga.
Dependência Climática: O desenvolvimento e a capacidade infecciosa desses fungos são influenciados pelas condições ambientais, exigindo umidade relativa do ar elevada e temperaturas amenas para germinar com sucesso.
Sinais Visíveis de Infecção: Insetos mortos por esses fungos frequentemente apresentam o corpo endurecido ou “mumificado”, muitas vezes coberto por uma massa pulverulenta branca ou colorida (esporulação), dependendo da espécie fúngica.
Condições Ideais de Aplicação: Para garantir a eficiência, a aplicação deve ocorrer preferencialmente em dias nublados ou ao final da tarde, evitando a radiação UV intensa e buscando momentos de maior umidade relativa do ar.
Limpeza Rigorosa do Equipamento: O tanque do pulverizador deve estar isento de resíduos de fungicidas químicos ou outros produtos incompatíveis, pois estes podem inibir a germinação dos esporos e inviabilizar o tratamento.
Tempo de Ação: A morte da praga não é imediata (efeito de choque); o processo de infecção e morte pode levar alguns dias, sendo fundamental monitorar a lavoura e não esperar níveis críticos de infestação para agir.
Armazenamento e Transporte: Por se tratar de um organismo vivo, os produtos à base de fungos entomopatogênicos exigem cuidados especiais no armazenamento, evitando calor excessivo para manter a viabilidade dos conídios.
Manejo de Resistência: O uso desses fungos é uma estratégia vital para rotacionar com inseticidas químicos, ajudando a preservar a suscetibilidade das pragas e prolongar a vida útil das tecnologias de controle químico.
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