Nematoide-das-Galhas: Guia Completo para Identificar e Controlar na Sua Lavoura
Nematoide das galhas: Saiba como reconhecê-lo em sua lavoura, sua importância e confira 6 métodos eficientes de controle que você pode usar.
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Galhas nas raízes são deformações morfológicas, semelhantes a tumores, inchaços ou “caroços”, que se desenvolvem no sistema radicular de diversas plantas de interesse agrícola. No contexto do agronegócio brasileiro, este sintoma é a manifestação clínica mais característica do ataque de nematoides do gênero Meloidogyne, popularmente conhecidos como nematoides-das-galhas. Essas estruturas anormais são formadas devido a uma alteração fisiológica induzida pelos parasitas: ao penetrarem na raiz para se alimentar, as fêmeas dos nematoides injetam substâncias que estimulam as células vegetais a crescerem (hipertrofia) e se multiplicarem (hiperplasia) de forma desordenada.
A presença dessas galhas compromete severamente a funcionalidade das raízes, atuando como um dreno metabólico e físico. Elas obstruem os vasos condutores e reduzem a capacidade de absorção e transporte de água e nutrientes do solo para a parte aérea. Como consequência, as culturas afetadas apresentam desenvolvimento raquítico, menor vigor e queda acentuada na produtividade. O problema é amplamente disseminado no Brasil, afetando commodities essenciais como soja, algodão, café e diversas hortaliças, sendo responsável por prejuízos bilionários anuais devido à dificuldade de controle após o estabelecimento do patógeno no solo.
Aspecto visual de engessamento: As raízes apresentam deformidades visíveis a olho nu, variando de pequenos inchaços a grandes massas tumorais, dependendo da intensidade da infestação.
Distribuição em reboleiras: No campo, o sintoma nas raízes reflete-se na parte aérea em manchas circulares (reboleiras), onde as plantas estão menores e amareladas em comparação ao restante da lavoura.
Sintomas reflexos na parte aérea: Plantas com galhas frequentemente exibem murcha nas horas mais quentes do dia (devido à ineficiência radicular), nanismo e folhas com manchas internervais, conhecidas como “folha carijó” na soja e algodão.
Agentes causadores predominantes: As espécies Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica são as responsáveis mais frequentes pela formação dessas estruturas nas lavouras brasileiras.
Irreversibilidade do tecido: Uma vez formadas, as galhas não desaparecem e o tecido radicular afetado perde sua função primária de absorção, mantendo o dano durante todo o ciclo da cultura.
Diferenciação de nódulos benéficos: Em leguminosas como a soja, é fundamental não confundir as galhas (que são duras, irregulares e integradas ao tecido da raiz) com os nódulos de fixação biológica de nitrogênio (que são arredondados, destacam-se facilmente e possuem coloração interna rosada quando ativos).
Necessidade de análise laboratorial: Embora a visualização das galhas confirme a presença do gênero Meloidogyne, a análise nematológica de solo e raízes é indispensável para identificar a espécie exata e definir a variedade resistente adequada para o próximo plantio.
Disseminação passiva: As galhas contêm as fêmeas e massas de ovos dos nematoides; portanto, o trânsito de máquinas com solo aderido aos pneus é o principal vetor de espalhamento do problema para áreas sadias da propriedade.
Relação com o tipo de solo: A severidade das galhas e os danos associados costumam ser mais intensos em solos arenosos ou franco-arenosos, onde a movimentação do nematoide e o estresse hídrico da planta são facilitados.
Impacto econômico severo: Em culturas de alta suscetibilidade, como o algodão, a presença massiva de galhas pode levar a perdas de produtividade superiores a 40%, exigindo estratégias integradas de rotação de culturas e uso de nematicidas.
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