Mapeamento Agrícola com Drones: Um Guia Prático para Produtores
Saber onde investir é o primeiro passo para aplicar o mapeamento agrícola com drone na fazenda. Confira mais neste artigo!
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O georreferenciamento com drone é uma técnica avançada de mapeamento aéreo que utiliza Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) integrados a sistemas de posicionamento global (GNSS/GPS) para capturar imagens da superfície terrestre com coordenadas geográficas exatas. Diferente de uma simples fotografia aérea ou filmagem panorâmica, o objetivo aqui é técnico e cartográfico: cada imagem capturada possui metadados de latitude, longitude e altitude, que, após processamento, resultam em mapas onde cada pixel corresponde a uma posição real e precisa no terreno.
No contexto do agronegócio brasileiro, essa tecnologia se tornou uma ferramenta indispensável tanto para a agricultura de precisão quanto para a regularização fundiária. O processo inicia-se com um plano de voo automatizado, onde o drone percorre a lavoura capturando fotos com sobreposição lateral e frontal. Posteriormente, softwares de fotogrametria “costuram” essas imagens, corrigindo distorções de lente e relevo, gerando o chamado ortomosaico. Esse produto final permite ao produtor ou engenheiro agrônomo realizar medições lineares, cálculos de área e análises de volume com precisão centimétrica, agilizando processos que levariam dias se feitos por topografia convencional.
Automatização da Coleta de Dados: O voo é realizado de forma autônoma seguindo um plano pré-definido em aplicativo, garantindo a cobertura total da área de interesse sem falhas.
Geração de Ortomosaicos: Criação de mapas contínuos de alta resolução, livres de distorções de perspectiva, que servem como base fiel para projetos de engenharia e plantio.
Precisão Posicional: Possibilidade de integração com tecnologias RTK (Real Time Kinematic) ou PPK (Post Processed Kinematic) para atingir precisão centimétrica nas coordenadas.
Modelagem 3D: Além da imagem plana, o processo gera Modelos Digitais de Superfície (MDS) e de Terreno (MDT), essenciais para curvas de nível e sistematização de solo.
Agilidade Operacional: Capacidade de mapear centenas de hectares em poucas horas, superando a velocidade de levantamentos topográficos terrestres tradicionais.
Regulamentação Obrigatória: A operação de drones para fins profissionais no Brasil exige cadastro na ANAC, homologação na ANATEL e solicitação de voo no DECEA (sistema SARPAS), além de respeitar as normas do Ministério da Defesa para aerolevantamento.
Pontos de Controle no Solo: Para trabalhos que exigem precisão absoluta (como o Georreferenciamento de Imóveis Rurais para o INCRA), apenas o GPS do drone não basta; é necessário utilizar pontos de controle no solo (GCPs) coletados com GPS Geodésico.
Hardware de Processamento: O “trabalho pesado” ocorre após o voo. O processamento das imagens (fotogrametria) exige computadores de alta performance e softwares específicos, que demandam conhecimento técnico para operação.
Escolha do Equipamento: A autonomia é um fator crítico. Drones multirotores são ideais para áreas menores e detalhadas, enquanto drones de asa fixa são recomendados para grandes extensões devido à maior capacidade de bateria e sustentação.
Condições Climáticas: A qualidade do georreferenciamento depende diretamente da luminosidade e do vento. Voos realizados em horários de sol a pino (meio-dia) evitam sombras excessivas que podem prejudicar a análise da lavoura.
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