Cálculo de Gessagem: O Guia Completo para Soja e Milho
Cálculo de gessagem: Quais são as doses recomendadas em cada situação e métodos novos para essas orientações. Confira aqui!
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Ler o Guia Principal sobre Gessagem →A gessagem é uma prática de manejo do solo fundamental para a agricultura tropical, especialmente em regiões como o Cerrado brasileiro, onde a acidez e a toxicidade por alumínio em profundidade limitam o potencial produtivo das lavouras. Tecnicamente, consiste na aplicação de gesso agrícola (sulfato de cálcio di-hidratado), um subproduto da indústria de fertilizantes fosfatados, que atua como um condicionador de solo. Diferente da calagem, que corrige a acidez na camada superficial (0-20 cm), a gessagem possui alta mobilidade e age quimicamente nas camadas subsuperficiais (abaixo de 20 cm).
O principal objetivo dessa técnica é melhorar o ambiente radicular em profundidade. Ao se dissolver e lixiviar no perfil do solo, o gesso fornece cálcio (Ca) e enxofre (S) e neutraliza o alumínio tóxico, formando compostos químicos que não prejudicam as plantas. Isso permite que as raízes rompam barreiras químicas e explorem um volume muito maior de solo, buscando água e nutrientes em camadas mais fundas que antes estariam inacessíveis devido à toxicidade.
No contexto do agronegócio brasileiro, a gessagem é considerada uma estratégia vital de segurança hídrica. Plantas com sistemas radiculares profundos e vigorosos resistem significativamente melhor aos veranicos — períodos de estiagem durante a safra — mantendo a estabilidade produtiva de culturas anuais como soja e milho, além de beneficiar culturas perenes e semiperenes como café e cana-de-açúcar.
Alta mobilidade no perfil do solo: Devido à sua solubilidade, o gesso desce para camadas mais profundas, diferentemente do calcário que tem ação restrita à superfície de aplicação.
Fornecimento de macronutrientes: É uma fonte rica e econômica de Cálcio (Ca) e Enxofre (S), essenciais para o desenvolvimento estrutural e metabólico das plantas.
Mitigação do Alumínio tóxico: O gesso reage com o alumínio em subsuperfície, reduzindo sua toxicidade para as raízes sem necessariamente alterar o pH do solo.
Condicionador de subsuperfície: Sua ação principal ocorre nas camadas abaixo de 20 cm, promovendo um ambiente químico favorável ao aprofundamento das raízes.
Não altera o pH: É crucial entender que o gesso agrícola não é um corretivo de acidez (não neutraliza íons H+), portanto, não substitui a calagem, mas atua de forma complementar.
Diagnóstico preciso: A decisão de aplicar gesso deve ser baseada em uma análise de solo que contemple a amostragem de camadas mais profundas (geralmente 20-40 cm ou 20-60 cm), avaliando a saturação por alumínio e os teores de cálcio.
Cuidado com o desequilíbrio nutricional: Doses excessivas de gesso podem provocar a lixiviação (descida indesejada) de bases importantes como Potássio (K) e Magnésio (Mg) para fora da zona radicular, exigindo monitoramento constante.
Sinergia com a calagem: A gessagem não anula a necessidade da calagem. O manejo ideal envolve corrigir o pH superficial com calcário e condicionar o solo em profundidade com gesso.
Métodos de cálculo: A definição da dose varia conforme a cultura e o tipo de solo, utilizando-se frequentemente fórmulas baseadas no teor de argila ou na necessidade de elevação da saturação por bases na camada subsuperficial.
Resiliência climática: O maior benefício prático observado no campo é a “construção do perfil do solo”, que resulta em lavouras mais tolerantes ao estresse hídrico e com maior teto produtivo.
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