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O que é Gestão De Risco No Agronegócio

A Gestão de Risco no Agronegócio é um processo estratégico e contínuo que visa identificar, analisar, classificar e controlar as incertezas que podem impactar a rentabilidade e a sustentabilidade da produção rural. No contexto brasileiro, onde a atividade é altamente exposta a variáveis incontroláveis — como eventos climáticos extremos, pragas e flutuações cambiais —, essa gestão deixa de ser opcional para se tornar um pilar de sobrevivência do negócio. Ela envolve não apenas a proteção agronômica da lavoura, mas também a blindagem financeira da operação contra a volatilidade dos mercados.

Na prática, gerenciar riscos significa substituir a cultura do “vai dar tudo certo” por uma abordagem baseada em dados e prevenção. O processo abrange desde a análise histórica de safras passadas até a utilização de ferramentas financeiras sofisticadas, como o Barter e o travamento de preços. O objetivo central não é apenas evitar prejuízos, mas garantir previsibilidade de margem, permitindo que o produtor tome decisões sobre custos, receitas e financiamentos com maior segurança, independentemente das oscilações externas.

Principais Características

  • Multidimensionalidade das Ameaças: A gestão abrange riscos de produção (clima, pragas, doenças), riscos de mercado (preços das commodities, câmbio, custos de insumos) e riscos operacionais ou estratégicos.

  • Uso de Ferramentas Financeiras (Barter): Utilização da própria produção como moeda para aquisição de insumos, travando custos antecipadamente e mitigando a exposição à variação de preços futuros.

  • Análise de Probabilidade e Impacto: Classificação dos riscos com base na chance de ocorrência (de muito baixa a muito alta) e na severidade das consequências financeiras, permitindo priorizar as ameaças mais críticas.

  • Dependência de Dados Históricos: O processo exige o registro e a análise de dados de safras anteriores para identificar padrões, causas-raiz de problemas recorrentes e gargalos na operação.

  • Interdependência da Cadeia: Envolve uma relação estreita entre produtores, fornecedores de insumos e off-takers (tradings ou cerealistas), onde a segurança jurídica e o cumprimento de contratos são fundamentais.

Importante Saber

  • O Brasil é Tomador de Preços: Como a formação de preços da maioria das commodities ocorre em bolsas internacionais (como Chicago), o produtor brasileiro não controla o valor final de venda, tornando essencial o travamento de custos para garantir margem.

  • Diferença entre Barter e Escambo: Ao contrário do escambo antigo (troca de excedentes sem valor preciso), o Barter é uma operação financeira estruturada, com valores monetários definidos e contratos que exigem cumprimento prioritário na colheita.

  • Cultura de Prevenção: A implementação eficaz da gestão de riscos muitas vezes exige uma mudança de mentalidade, priorizando investimentos em segurança e diversificação em detrimento de estratégias focadas exclusivamente na maximização de produção a qualquer custo.

  • Monitoramento Constante: A gestão de risco não é uma ação única, mas um ciclo que envolve monitoramento contínuo da lavoura pelos credores e pelo próprio produtor para assegurar que a produtividade será suficiente para honrar os compromissos assumidos.

  • Ferramentas de Identificação: Para iniciar a gestão, recomenda-se o uso de metodologias como Análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças), Técnica Delphi e softwares de gestão rural para centralizar as informações.

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