Lagarta-da-Espiga (*Helicoverpa zea*): 7 Fatos Essenciais para um Manejo Eficaz
Helicoverpa zea: Como identificar facilmente a lagarta-da-espiga e as medidas de controle mais eficientes para a lavoura.
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Ler o Guia Principal sobre Helicoverpa Zea →A Helicoverpa zea, popularmente conhecida como lagarta-da-espiga, é uma praga agrícola de origem americana amplamente distribuída por todo o território brasileiro. Trata-se de um inseto da ordem Lepidoptera que, embora seja polífago e capaz de atacar diversas culturas, apresenta uma adaptação evolutiva e preferencial pelo milho. Sua presença é motivo de grande preocupação para o produtor rural, pois o ataque ocorre diretamente na parte reprodutiva da planta (a espiga), podendo causar níveis de infestação superiores a 90% e comprometer severamente a produtividade e a qualidade dos grãos colhidos.
Diferente de outras espécies do mesmo gênero que foram introduzidas no Brasil mais recentemente, a H. zea é nativa do continente (provavelmente da região do México). No campo, ela é frequentemente confundida com a Helicoverpa armigera devido à semelhança morfológica quase idêntica, e também com a Spodoptera frugiperda (lagarta-do-cartucho) devido à coexistência na cultura do milho. A correta identificação é crucial, pois o comportamento e a resposta aos métodos de controle podem variar entre essas espécies.
O ciclo de vida desta praga é relativamente rápido, durando entre 40 e 45 dias, o que permite a ocorrência de múltiplas gerações — muitas vezes mais de cinco — dentro de um mesmo ano agrícola. Essa característica biológica, somada à sua capacidade de desenvolver resistência a certas medidas de controle, exige que o manejo seja realizado de forma técnica, monitorada e estratégica, integrando diferentes ferramentas de defesa fitossanitária para evitar prejuízos econômicos significativos.
Origem e Distribuição: É uma espécie nativa das Américas, presente em todo o Brasil, diferindo da H. armigera que é originária da Oceania/Ásia.
Morfologia do Adulto: A mariposa possui cerca de 40 mm de envergadura, com asas anteriores de coloração amarelo-parda, apresentando uma faixa transversal escura e manchas características, enquanto as asas posteriores são mais claras.
Identificação da Larva: A lagarta possui cabeça de cor marrom bem clara, uma característica distintiva importante quando comparada à Spodoptera frugiperda, que possui a cabeça escura ou preta.
Ciclo Biológico: O ciclo total dura de 40 a 45 dias, com a fase larval (a mais danosa) durando aproximadamente 18 dias e passando por seis instares de crescimento.
Preferência Alimentar: Embora ataque outras culturas, sua biologia é altamente adaptada ao milho, sendo esta a cultura onde é encontrada com maior frequência e severidade.
Diferenciação de Espécies: Distinguir visualmente a H. zea da H. armigera a olho nu é praticamente impossível; a confirmação exata geralmente requer análise laboratorial (microscópio), mas a presença em milho sugere fortemente ser H. zea.
Confusão com Lagarta-do-Cartucho: É comum confundir os danos da H. zea com os da Spodoptera frugiperda; a verificação da cor da cabeça da lagarta é o método de campo mais prático para diferenciação imediata.
Janelas de Aplicação: Devido ao ciclo de vida curto, recomenda-se organizar as aplicações de inseticidas em janelas de 30 dias para atingir cada geração específica, evitando a sobreposição desordenada de produtos.
Manejo de Resistência: A praga já apresenta resistência a certas medidas de controle; portanto, deve-se evitar o uso repetitivo do mesmo modo de ação químico além do período residual seguro dentro da janela de manejo.
Controle Biológico: O uso de produtos biológicos é uma alternativa viável e recomendada para o controle da Helicoverpa zea, podendo ser integrado ao manejo químico.
Monitoramento Constante: Dada a rapidez do ciclo e o alto potencial destrutivo nas espigas, o monitoramento deve ser frequente para identificar a praga nos primeiros instares, quando o controle é mais eficiente.
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