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O que é Herbicida 2,4 D

O 2,4-D (ácido 2,4-diclorofenoxiacético) é um dos herbicidas mais tradicionais e amplamente utilizados na agricultura brasileira, pertencente ao grupo químico dos mimetizadores de auxina, também conhecidos como herbicidas hormonais. Sua ação é sistêmica e seletiva, sendo projetado especificamente para controlar plantas daninhas de folhas largas (eudicotiledôneas) sem afetar culturas gramíneas (monocotiledôneas), como trigo, milho, arroz e pastagens, quando aplicado nas doses e estádios fenológicos recomendados.

No campo, o produto atua desregulando o crescimento celular da planta invasora. Ao ser absorvido, ele imita a auxina (hormônio natural de crescimento), provocando uma divisão celular desordenada que resulta em epinastia (torção de caules e folhas), espessamento de tecidos e bloqueio do fluxo de nutrientes no floema, levando a planta à morte. Devido ao aumento de casos de resistência de plantas daninhas ao glifosato e a inibidores da ALS, o 2,4-D retomou protagonismo como uma ferramenta estratégica no manejo, sendo fundamental tanto na dessecação pré-plantio quanto, mais recentemente, em pós-emergência de cultivares de soja geneticamente modificadas para tolerar o ativo.

Principais Características

  • Mecanismo de ação hormonal: atua como uma auxina sintética, causando crescimento desordenado, colapso dos tecidos vasculares e esgotamento das reservas das plantas sensíveis.

  • Seletividade para gramíneas: culturas como trigo e milho possuem mecanismos anatômicos e fisiológicos que toleram o ativo, permitindo o controle de invasoras sem danos à lavoura.

  • Ação sistêmica: após a absorção (principalmente foliar, mas também radicular), o ativo transloca-se por toda a planta, atingindo meristemas e raízes.

  • Espectro de controle: é altamente eficaz contra plantas de folhas largas, sendo essencial no combate a espécies de difícil controle como a buva (Conyza spp.) e a trapoeraba.

  • Evolução das formulações: o mercado oferece desde as formas tradicionais (sal de amina e éster) até novas tecnologias, como o sal de colina, que apresenta volatilidade ultrabaixa.

Importante Saber

  • Risco de deriva e volatilidade: a aplicação exige cuidados extremos e pontas de pulverização adequadas para evitar que o produto atinja culturas vizinhas sensíveis, como uva, algodão (não tolerante) e hortaliças.

  • Intervalo pré-plantio (residual): na dessecação para o plantio de soja convencional (não tolerante), é obrigatório respeitar o período de carência (plant-back) para evitar fitotoxidez na germinação da cultura.

  • Janela de aplicação no trigo: para garantir a segurança da lavoura, a aplicação em cereais de inverno deve ocorrer estritamente entre o perfilhamento e o início da elongação do colmo.

  • Tecnologia Enlist: a introdução de soja com tolerância ao 2,4-D permite a aplicação em pós-emergência, mas exige o uso exclusivo de formulações específicas (sal de colina) para garantir a segurança agronômica.

  • Sinergia com outros ativos: frequentemente utilizado em mistura com glifosato para ampliar o espectro de controle e manejar resistência, exigindo atenção à compatibilidade física e química na calda.

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