Glufosinato de Amônio no Milho: Guia Completo de Aplicação e Cuidados
Glufosinato de amônio: nomes comerciais, como e quando usar, quais plantas são tolerantes ao produto e as condições adequadas para aplicação
2 artigos encontrados com a tag " Herbicida para Milho"
Temos um artigo detalhado e exclusivo sobre este assunto.
Ler o Guia Principal sobre Herbicida para Milho →Os herbicidas para milho representam uma classe fundamental de defensivos agrícolas utilizados para o controle de plantas daninhas que competem por água, luz e nutrientes com a cultura. No contexto do agronegócio brasileiro, onde o sistema de sucessão soja-milho (safrinha) é predominante, o uso estratégico desses produtos é vital. Como o milho é uma gramínea (Poaceae), o desafio técnico é controlar outras gramíneas invasoras, como o capim-amargoso e o capim-pé-de-galinha, sem prejudicar o desenvolvimento da lavoura. Para isso, utilizam-se herbicidas seletivos ou tecnologias de biotecnologia que conferem tolerância à planta cultivada.
A aplicação desses defensivos ocorre em diferentes momentos do ciclo produtivo, sendo decisiva a estratégia de “plantio no limpo”. Isso significa eliminar a matocompetição antes mesmo da emergência da cultura, utilizando dessecantes no manejo pré-plantio. Posteriormente, o manejo pode envolver aplicações em pré-emergência (para evitar a germinação do banco de sementes) e em pós-emergência, dependendo da tecnologia do híbrido escolhido e do estágio de desenvolvimento das invasoras. O objetivo final é proteger o potencial produtivo da lavoura, visto que infestações descontroladas podem reduzir a produtividade em níveis drásticos.
Além da proteção direta à produtividade, os herbicidas para milho desempenham um papel crucial na manutenção do sistema de plantio direto. Ao permitir o controle químico das plantas daninhas sem a necessidade de revolvimento do solo, esses produtos auxiliam na preservação da palhada e da estrutura do solo. A escolha correta do princípio ativo — seja ele de contato, como o glufosinato de amônio, ou sistêmico — deve considerar o espectro de controle desejado, a rotação de mecanismos de ação para evitar resistência e as condições climáticas no momento da aplicação.
Seletividade e Tecnologia: Existem herbicidas naturalmente seletivos ao milho e outros que dependem de modificação genética (híbridos tolerantes) para serem aplicados em pós-emergência sem causar fitotoxicidade.
Mecanismos de Ação Variados: Incluem inibidores da fotossíntese, inibidores da síntese de aminoácidos e inibidores de pigmentos, permitindo estratégias de rotação para manejo de resistência.
Flexibilidade de Aplicação: Podem ser posicionados na dessecação (pré-plantio), na pré-emergência da cultura (efeito residual no solo) ou na pós-emergência (controle de plantas já estabelecidas).
Ação de Contato ou Sistêmica: Produtos como o glufosinato agem por contato, exigindo boa cobertura foliar, enquanto outros translocam pela planta, atingindo raízes e rizomas.
Interação com o Solo: Alguns herbicidas possuem efeito residual prolongado, controlando o banco de sementes por semanas, o que é essencial para fechar a cultura no limpo.
Estágio das Plantas Daninhas: A eficiência da maioria dos herbicidas, especialmente os de contato como o glufosinato, é drasticamente maior em plantas jovens e pequenas (início do perfilhamento ou até 4 folhas).
Risco de Fitotoxicidade: A aplicação de doses acima do recomendado ou em híbridos não tolerantes pode causar clorose, necrose, deformação de espigas e redução do porte da planta de milho.
Manejo de Resistência: A rotação de princípios ativos é obrigatória para evitar a seleção de biótipos resistentes, como já ocorre com o azevém e o capim-amargoso em diversas regiões do Brasil.
Tecnologia de Aplicação: Para herbicidas de contato, o volume de calda e o tamanho de gota são cruciais para garantir a cobertura total das folhas das invasoras; falhas na cobertura resultam em rebrota.
Efeito Residual (Carryover): É necessário atenção ao período de carência e ao efeito residual de herbicidas aplicados na cultura anterior (como na soja) ou no próprio milho, para não afetar a cultura subsequente.
Identificação Correta: O sucesso do manejo químico depende da identificação precisa das espécies invasoras presentes na área, pois cada princípio ativo possui um espectro de controle específico.
Ajude outros produtores compartilhando este conteúdo sobre Herbicida para Milho
Glufosinato de amônio: nomes comerciais, como e quando usar, quais plantas são tolerantes ao produto e as condições adequadas para aplicação
Plantas daninhas do milho: conheça as principais infestantes e tudo que você precisa saber para fazer um manejo certeiro