Glifosato: O Guia Completo para o Herbicida Mais Usado no Brasil
O que é glifosato e como funciona o herbicida mais usado no Brasil? Entenda sua ação, como aplicar e controlar plantas daninhas com eficiência.
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O herbicida sistêmico é uma categoria de defensivo agrícola caracterizada pela capacidade de translocação do ingrediente ativo dentro da planta alvo. Diferente dos herbicidas de contato, que causam necrose apenas no local onde a gota atinge a folha, os sistêmicos são absorvidos pelos tecidos vegetais e transportados através do sistema vascular (xilema e floema). Esse mecanismo permite que o produto alcance regiões distantes do ponto de aplicação, como raízes, rizomas, tubérculos e pontos de crescimento (meristemas apicais), garantindo um controle mais profundo e eficaz.
No contexto da agricultura brasileira, os herbicidas sistêmicos desempenham um papel fundamental, especialmente no sistema de Plantio Direto. Eles são essenciais para o manejo de dessecação pré-plantio, pois conseguem eliminar completamente a planta daninha, impedindo a rebrota de espécies perenes e de difícil controle. Exemplos clássicos incluem o glifosato, o 2,4-D e o imazethapyr. A ação desses produtos ocorre geralmente por meio da inibição de enzimas específicas ou processos metabólicos vitais, levando a planta à morte de forma gradual, o que pode levar de alguns dias a semanas após a aplicação.
Alta Translocação: A principal característica é a mobilidade interna, movendo-se das folhas (fonte) para as raízes e novos brotos (dreno) via xilema e floema.
Controle de Perenes: Devido à capacidade de atingir o sistema radicular e estruturas de reserva subterrâneas, são a ferramenta mais eficiente contra plantas daninhas perenes.
Ação Gradual: Ao contrário dos herbicidas de contato que mostram efeitos em horas, os sistêmicos agem lentamente, com sintomas como clorose (amarelecimento) e murcha aparecendo dias ou semanas após a aplicação.
Dependência Metabólica: Para que o produto circule eficientemente, a planta alvo precisa estar fisiologicamente ativa; plantas em estresse hídrico ou térmico tendem a translocar menos o produto.
Amplo Espectro (geralmente): Muitos sistêmicos, como o glifosato, são não seletivos e controlam uma vasta gama de folhas largas e gramíneas, embora existam sistêmicos seletivos para culturas específicas.
Condições Climáticas: A eficácia depende severamente das condições ambientais; aplicações feitas com a planta sob estresse hídrico ou com poeira sobre as folhas podem reduzir drasticamente a absorção e translocação.
Intervalo de Chuva: Como o produto precisa ser absorvido para circular, é necessário um período sem chuvas após a aplicação (geralmente de 2 a 6 horas, dependendo da formulação) para evitar a lavagem do produto.
Manejo de Resistência: O uso repetitivo do mesmo mecanismo de ação sistêmico pode selecionar biótipos resistentes; a rotação de princípios ativos é crucial para a sustentabilidade do manejo.
Tecnologia de Aplicação: A qualidade da pulverização é vital; embora a cobertura total não seja tão crítica quanto nos herbicidas de contato, garantir que a dose correta seja absorvida é essencial para evitar a subdosagem e falhas de controle.
Sintomatologia: É importante que o produtor saiba identificar os sintomas visuais de morte da planta, que começam geralmente pelos pontos de crescimento novos, diferindo da “queima” imediata dos produtos de contato.
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