Capim-Carrapicho: Guia Completo de Manejo e Controle na Lavoura
Capim-carrapicho: Época certa para controle, quais herbicidas usar e as principais dicas para evitar prejuízos na lavoura.
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Os herbicidas pré-emergentes constituem uma ferramenta estratégica fundamental no manejo integrado de plantas daninhas, atuando preventivamente antes que as invasoras emerjam do solo. Diferente dos herbicidas pós-emergentes, que agem sobre a planta já formada, os pré-emergentes são aplicados diretamente no solo ou sobre a palhada, visando atingir o banco de sementes. O objetivo é criar uma barreira química na camada superficial do solo; assim, quando a semente da planta daninha germina, ela absorve o produto através da radícula ou do caulículo (hipocótilo/coleóptilo) e morre antes de conseguir emergir e realizar fotossíntese.
No contexto do agronegócio brasileiro, o uso dessa tecnologia é vital para garantir que a cultura comercial, como a soja ou o milho, seja implantada “no limpo”. Isso elimina a competição inicial por água, luz e nutrientes, período crítico conhecido como Período Anterior à Interferência (PAI). Além disso, os pré-emergentes são essenciais para o manejo de resistência, pois oferecem mecanismos de ação diferentes daqueles utilizados na pós-emergência (como o glifosato), auxiliando no controle de espécies de difícil manejo como a buva, o capim-amargoso e o capim-carrapicho, reduzindo a pressão de seleção na lavoura.
Efeito Residual: A principal característica é a capacidade de permanecer ativo no solo por um período determinado (dias ou semanas), controlando diversos fluxos de germinação que ocorrem após as chuvas.
Dependência de Umidade: Para que o herbicida funcione, é necessário que haja umidade no solo para “ativar” o produto e transportá-lo até a zona de germinação das sementes; a seca pode comprometer severamente sua eficácia.
Posicionamento no Solo: A maioria desses produtos concentra-se nos primeiros centímetros do solo, onde se encontra a maior parte do banco de sementes de plantas daninhas anuais.
Seletividade: Muitos pré-emergentes são seletivos, ou seja, conseguem inibir as plantas daninhas sem prejudicar a germinação e o desenvolvimento da cultura comercial, desde que respeitadas as doses e recomendações.
Espectro de Controle: Geralmente, são específicos para determinadas classes de plantas (folhas largas ou gramíneas), embora existam misturas que ampliam esse espectro.
Dinâmica na Palhada: Em sistemas de plantio direto, a palhada pode interceptar o herbicida; é fundamental verificar se o produto possui boa solubilidade ou se necessita de uma chuva logo após a aplicação para ser lixiviado da palha para o solo.
Profundidade das Sementes: Plantas daninhas que germinam de camadas mais profundas, como o capim-carrapicho (que pode emergir de até 10 cm), podem escapar da zona de ação do herbicida se este ficar retido apenas na superfície.
Textura e Matéria Orgânica do Solo: A dose do herbicida pré-emergente muitas vezes precisa ser ajustada conforme a textura do solo (argiloso vs. arenoso) e o teor de matéria orgânica, para evitar fitotoxicidade na cultura ou ineficiência no controle.
Carryover (Efeito Residual Indesejado): É preciso atenção ao período de carência do produto, pois resíduos de herbicidas aplicados na safra podem permanecer no solo e prejudicar a cultura subsequente (ex: herbicida de soja afetando o milho safrinha).
Rotação de Mecanismos: O uso contínuo do mesmo pré-emergente deve ser evitado; a rotação de princípios ativos é crucial para prevenir a seleção de biótipos resistentes e preservar a vida útil da tecnologia.
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