star

Procurando o guia completo?

Temos um artigo detalhado e exclusivo sobre este assunto.

Ler o Guia Principal sobre Imagens de Satélite na Agricultura →

O que é Imagens De Satélite Na Agricultura

As imagens de satélite na agricultura representam uma das ferramentas mais poderosas do sensoriamento remoto em nível orbital, permitindo ao produtor rural monitorar grandes extensões de terra sem a necessidade de percorrer fisicamente toda a área. Essa tecnologia funciona através de sensores acoplados a satélites que orbitam a Terra e captam a radiação eletromagnética refletida pela superfície (plantas e solo). Diferente de uma fotografia comum, esses sensores são frequentemente multiespectrais, ou seja, conseguem “enxergar” faixas de luz invisíveis ao olho humano, como o infravermelho, que são fundamentais para diagnosticar a saúde da lavoura.

No contexto do agronegócio brasileiro, caracterizado por propriedades de grandes dimensões, o uso dessas imagens é essencial para a implementação da Agricultura de Precisão. Elas permitem identificar a variabilidade espacial dentro de um mesmo talhão, revelando que a lavoura não é uniforme. Com esses dados, é possível gerar mapas de produtividade e vigor vegetativo, transformando a gestão da fazenda de uma abordagem generalista para um manejo localizado e estratégico.

A aplicação prática vai desde o planejamento do plantio até a colheita. Ao processar essas imagens por meio de técnicas de geoprocessamento, o agrônomo ou gestor pode detectar precocemente estresses hídricos, deficiências nutricionais, ataques de pragas e doenças, ou reboleiras de nematoides. Isso possibilita a tomada de decisões baseadas em dados históricos e atuais, otimizando o uso de insumos e maximizando o potencial produtivo de cada metro quadrado da propriedade.

Principais Características

  • Capacidade Multiespectral: Os satélites capturam imagens em diversas bandas espectrais (como o infravermelho próximo e o vermelho), permitindo cálculos precisos sobre a atividade fotossintética e o vigor das plantas.

  • Cobertura Temporal e Histórica: Satélites como o Sentinel oferecem uma frequência de revisita (aproximadamente a cada 5 dias), permitindo o acompanhamento da evolução da safra e o acesso a bancos de dados de anos anteriores para análise comparativa.

  • Geração de Índices de Vegetação: A principal característica analítica é a criação de índices como o NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada), que funciona como um “raio-x” da saúde da lavoura, destacando áreas com maior ou menor desenvolvimento de biomassa.

  • Escalabilidade: Diferente de drones que cobrem áreas menores por voo, as imagens de satélite conseguem mapear fazendas inteiras ou regiões completas em uma única passagem, sendo ideais para o monitoramento macro da propriedade.

  • Resolução Espacial Variável: Existem opções com diferentes níveis de detalhamento, desde satélites gratuitos (como o Sentinel, com pixel de 10 metros) até opções pagas de altíssima resolução, adequando-se a diferentes necessidades de manejo.

Importante Saber

  • Diferença entre Coleta e Processamento: A imagem de satélite é o dado bruto (coleta via sensoriamento remoto); para que ela se torne útil na tomada de decisão, é necessário o geoprocessamento, que transforma a imagem em mapas inteligentes e georreferenciados.

  • Interferência Atmosférica: Ao contrário dos sensores em nível de campo ou aéreo (drones), as imagens de satélite podem ter sua qualidade comprometida pela presença de nuvens, o que pode dificultar o monitoramento em períodos muito chuvosos.

  • Opções Gratuitas vs. Pagas: Para análises gerais de biomassa e tendências de talhão, imagens gratuitas (como as do Sentinel-2) são extremamente eficazes; já para identificar problemas muito específicos ou pequenas reboleiras, pode ser necessário investir em imagens pagas de maior resolução.

  • Base para Taxa Variável: Essas imagens são fundamentais para criar mapas de prescrição que orientam máquinas na aplicação de insumos (adubos e defensivos) a taxas variáveis, aplicando a dose certa no local certo e reduzindo custos.

  • Detecção de Anomalias: Embora a imagem mostre que há um problema (ex: baixa refletância no infravermelho), ela muitas vezes não diagnostica a causa exata (se é praga, doença ou compactação); portanto, a imagem direciona onde o agrônomo deve ir a campo para fazer a verificação in loco (“ground truthing”).

💡 Conteúdo útil?

Compartilhe com sua rede

Ajude outros produtores compartilhando este conteúdo sobre Imagens de Satélite na Agricultura

Veja outros artigos sobre Imagens de Satélite na Agricultura