*Beauveria Bassiana*: O Guia Completo Sobre o Fungo que Protege Sua Lavoura
Beauveria bassiana: saiba o que é, como fazer as aplicações, custos, vantagens do uso, onde encontrar e muito mais!
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Os inseticidas biológicos são insumos agrícolas formulados a partir de organismos vivos — como fungos entomopatogênicos, bactérias, vírus ou nematoides — ou de seus metabólitos, destinados ao controle de pragas nas lavouras. Diferentemente dos defensivos químicos sintéticos, que agem por meio de moléculas artificiais, esses produtos utilizam mecanismos naturais de predação, parasitismo ou patogenicidade para reduzir a população de insetos nocivos. Um exemplo clássico é o uso do fungo Beauveria bassiana, que age como um parasita, causando doenças fatais em diversas espécies de insetos.
No cenário do agronegócio brasileiro, o uso dessa tecnologia tem crescido exponencialmente, impulsionado pela necessidade de práticas mais sustentáveis e pela eficiência no manejo de resistência de pragas a princípios ativos químicos. Eles são ferramentas fundamentais no Manejo Integrado de Pragas (MIP), atuando muitas vezes de forma específica. Isso significa que, quando bem manejados, controlam o alvo desejado preservando o equilíbrio do agroecossistema e a biodiversidade benéfica do solo e da lavoura.
Ação patogênica complexa: microrganismos como fungos germinam sobre o inseto, penetram a cutícula e colonizam o corpo da praga, liberando toxinas que paralisam funções vitais.
Efeito residual biológico: diferentemente de químicos que se degradam, agentes biológicos podem se multiplicar nas carcaças dos insetos mortos e se espalhar pela área (efeito epizoótico), permanecendo ativos no solo e plantas.
Seletividade: tendem a ser mais específicos para determinadas ordens ou espécies de insetos, reduzindo o impacto sobre inimigos naturais e polinizadores em comparação a inseticidas de amplo espectro.
Baixo risco de resíduos: por serem organismos naturais, geralmente não deixam resíduos tóxicos nos alimentos, permitindo aplicações mais próximas ao período de colheita (intervalo de segurança reduzido).
Indução de resistência vegetal: alguns agentes biológicos, além de matar a praga, estimulam os mecanismos de defesa da própria planta antes mesmo do ataque ocorrer.
As condições climáticas são determinantes para o sucesso da aplicação; fungos e bactérias exigem alta umidade relativa do ar e temperaturas amenas (geralmente aplicados ao final da tarde ou em dias nublados) para sobreviver e infectar a praga.
A limpeza do pulverizador é crítica: resíduos de fungicidas ou outros produtos químicos no tanque podem inativar ou matar o agente biológico antes mesmo de ele chegar à lavoura.
O armazenamento requer cuidados específicos, pois se trata de um produto vivo; muitas formulações exigem controle de temperatura e proteção contra luz solar direta para manter a viabilidade dos esporos.
A velocidade de ação é diferente dos químicos de “choque”; a morte da praga pode levar alguns dias após o contato, exigindo monitoramento constante para avaliar a eficiência do controle.
A compatibilidade de calda deve ser verificada rigorosamente; misturar inseticidas biológicos com certos defensivos químicos ou aditivos incompatíveis pode anular completamente o efeito do produto.
A identificação correta da praga e do estágio de desenvolvimento é essencial, pois a eficácia do isolado (linhagem do microrganismo) varia conforme a espécie alvo (ex: mosca-branca, broca-do-café, cigarrinha).
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