Módulo 5 - Aula 3: Controle Profissional de Estoque de Defensivos com Método PEPS
Domine o controle de estoque de defensivos com método PEPS. Aprenda a calcular custos reais por talhão, evitar perdas de até R$ 85.000/ano e reduzir c...
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O inventário agrícola é o processo sistemático de levantamento, identificação, contagem e valoração de todos os bens e insumos armazenados em uma propriedade rural. No contexto do agronegócio brasileiro, esta prática transcende a simples conferência física de itens no almoxarifado; trata-se de uma ferramenta estratégica de gestão financeira e operacional. O inventário abrange desde defensivos, fertilizantes e sementes até peças de reposição de maquinário e o estoque da produção colhida, permitindo ao produtor ter clareza sobre a quantidade disponível, a validade dos produtos e o valor financeiro imobilizado no galpão.
A gestão eficiente do inventário é fundamental para a saúde financeira da fazenda, uma vez que os insumos representam uma das maiores fatias do Custo Operacional Efetivo (COE). Diferente de outros setores, o inventário agrícola lida com produtos perecíveis e de alto valor agregado, onde falhas no controle resultam em perdas diretas por vencimento de produtos ou aplicações duplicadas. Além disso, o inventário serve como base para o cálculo preciso do custo de produção por talhão, conectando o fluxo físico de entrada e saída de materiais ao planejamento financeiro da safra.
Método de Valoração (PEPS): Utiliza preferencialmente a lógica “Primeiro que Entra, Primeiro que Sai” para a saída de insumos, garantindo que os custos atribuídos a cada talhão reflitam o valor real de compra dos lotes utilizados, evitando distorções comuns causadas pelo uso de preço médio.
Rastreabilidade de Lotes: Permite o monitoramento detalhado de cada frasco ou embalagem, vinculando o número do lote e a data de validade à área onde foi aplicado, o que é essencial para certificações e segurança agronômica.
Monitoramento de Capital Imobilizado: Foca na redução do volume financeiro parado em estoque sem comprometer a operação, buscando o equilíbrio entre ter o produto disponível e não manter dinheiro “dormindo” no galpão desnecessariamente.
Controle de Perecibilidade: Envolve a gestão ativa das datas de validade dos defensivos e sementes, priorizando o uso de estoques mais antigos para eliminar perdas por vencimento, que podem representar prejuízos significativos anualmente.
Integração Físico-Financeira: Conecta a movimentação física do armazém com o fluxo de caixa, permitindo prever necessidades de recompra e evitar aquisições emergenciais com sobrepreço.
Impacto na Rentabilidade: A falta de um inventário profissional pode gerar perdas financeiras expressivas, decorrentes principalmente de produtos vencidos e compras de última hora com ágio, além de distorcer o custo real de produção em até 25%.
Precisão de Custos: A escolha do método de baixa de estoque (como o PEPS em vez do preço médio) é crucial em cenários de volatilidade de preços, pois evita que o produtor tome decisões de plantio ou manejo baseadas em margens de lucro irreais.
Otimização Operacional: A digitalização do inventário reduz drasticamente o tempo gasto com gestão administrativa, liberando a equipe técnica para focar nas atividades agronômicas de campo, além de aumentar a confiabilidade dos dados.
Prevenção de Desperdícios: Um inventário atualizado impede a compra de produtos que já existem em estoque (evitando duplicidade) e alerta sobre itens próximos ao vencimento, permitindo o uso estratégico ou troca junto aos fornecedores a tempo.
Planejamento de Compras: O histórico de consumo gerado pelo inventário permite negociações mais assertivas e antecipadas, fugindo da sazonalidade de preços altos e garantindo a disponibilidade do produto no momento exato da aplicação.
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