Irrigação por Aspersão: O Guia Completo do Convencional ao Pivô Central
Irrigação por aspersão: conheça os principais sistemas de irrigação por aspersão, as culturas e fatores que influenciam na escolha do sistema
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Ler o Guia Principal sobre Irrigação por Aspersão →A irrigação por aspersão é um método de aplicação de água na agricultura que tem como princípio básico a simulação de uma chuva artificial. Neste processo, a água é captada de uma fonte e submetida a pressão por meio de um conjunto motobomba, sendo conduzida através de um sistema de tubulações até chegar aos aspersores. Estes componentes são responsáveis por expelir a água no ar, fragmentando o jato em gotas que caem sobre o solo e as plantas, garantindo o suprimento hídrico necessário para o desenvolvimento da cultura.
No contexto do agronegócio brasileiro, a aspersão é um dos métodos mais difundidos e versáteis, sendo amplamente utilizada em culturas de grãos, pastagens, cana-de-açúcar e hortaliças. A tecnologia varia desde sistemas convencionais, que podem ser fixos ou móveis e exigem maior manejo manual, até sistemas mecanizados de alta tecnologia, como os pivôs centrais e os autopropelidos (carretéis). Essa flexibilidade permite que o método atenda tanto pequenos produtores quanto grandes latifúndios, adaptando-se a diferentes níveis de investimento e infraestrutura.
A eficiência da irrigação por aspersão está diretamente ligada ao dimensionamento correto dos equipamentos e ao manejo adequado. Diferente da irrigação por superfície, ela não exige um nivelamento rigoroso do terreno, o que facilita sua implementação em áreas com topografia ondulada. Além do fornecimento de água, o sistema é frequentemente utilizado para a prática da fertirrigação (aplicação de fertilizantes via água) e, em alguns casos, para o controle de geadas ou aplicação de defensivos, tornando-se uma ferramenta multifuncional na gestão da lavoura.
Simulação de precipitação: A água é lançada ao ar e atinge a cultura verticalmente em forma de gotas, imitando o processo natural da chuva.
Pressurização do sistema: O funcionamento depende de energia (elétrica ou combustão) para gerar a pressão necessária que impulsiona a água do ponto de captação até os emissores.
Versatilidade de sistemas: Engloba diversas tecnologias, desde a aspersão convencional (com tubos portáteis ou fixos) até a aspersão mecanizada (pivô central, linear e autopropelido).
Componentes estruturais: O sistema é composto essencialmente por um conjunto motobomba (coração do sistema), tubulações de transporte (linhas principais e laterais) e aspersores (distribuição).
Adaptabilidade topográfica: Pode ser implantada em terrenos com declives variados e solos com diferentes taxas de infiltração, superando limitações da irrigação por inundação ou sulcos.
Interferência climática: A eficiência e a uniformidade da distribuição de água podem ser severamente afetadas pela velocidade do vento, que causa a deriva das gotas.
Risco fitossanitário: Como a água molha a parte aérea das plantas (folhas e frutos), cria-se um microclima úmido que pode favorecer a proliferação de doenças fúngicas e bacterianas em culturas sensíveis.
Consumo energético: Devido à necessidade de bombear a água com pressão elevada para garantir a pulverização do jato, o custo operacional com energia tende a ser maior do que em métodos por gravidade ou gotejamento.
Perdas por evaporação: Em regiões com baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas, parte da água aspergida pode evaporar antes de atingir o solo, exigindo planejamento dos horários de rega (preferencialmente noturnos).
Mão de obra: A demanda por trabalho manual varia drasticamente; sistemas convencionais móveis exigem trocas constantes de posição dos aspersores, enquanto pivôs centrais operam de forma automatizada.
Qualidade da água: Embora menos sensível a entupimentos do que o gotejamento, a água utilizada não deve conter excesso de sedimentos abrasivos que possam desgastar os bocais dos aspersores e as bombas.
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