Reúso da Água na Agricultura: Guia Prático com 7 Técnicas para sua Fazenda
Reúso da água na agricultura: saiba como algumas práticas simples podem preservar e otimizar esse recurso primordial para a produção agrícola.
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A irrigação sustentável no agronegócio brasileiro refere-se à implementação de estratégias, tecnologias e manejos que visam otimizar o uso da água na produção agrícola, garantindo a disponibilidade do recurso para ciclos futuros e minimizando impactos ambientais. Dado que a agricultura é responsável por cerca de 72% do consumo de água no Brasil, este conceito foca não apenas na eficiência da aplicação (como gotejamento ou aspersão precisa), mas fundamentalmente na origem e no ciclo de vida da água dentro da propriedade, priorizando o reaproveitamento e a conservação de mananciais.
Na prática, a irrigação sustentável engloba o uso de fontes alternativas, como a captação de água da chuva e o tratamento de efluentes (esgoto tratado) para fins agrícolas. O objetivo é transformar a água de um insumo de uso único em um recurso circular. Em um país com regimes de chuvas variados e grandes reservas subterrâneas, como os aquíferos Guarani e Alter do Chão, adotar essas práticas permite ao produtor rural reduzir a dependência de captações superficiais em momentos de crise hídrica, além de promover uma gestão financeira mais eficiente ao diminuir custos operacionais relacionados à energia e outorga de água.
Reúso de Água: Utilização de águas residuárias ou pluviais que, após tratamento adequado ou decantação, retornam ao sistema produtivo em vez de serem descartadas, reduzindo a demanda sobre rios e poços.
Sistemas de Captação Pluvial: Implementação de infraestruturas como cisternas (calçadão ou de enxurrada) e barragens subterrâneas para armazenar o excedente hídrico durante o período chuvoso para uso na seca.
Ciclo Fechado: Foco na manutenção da água dentro da propriedade pelo maior tempo possível, aproveitando o escoamento superficial de telhados e pátios que, pela legislação, são considerados efluentes passíveis de aproveitamento.
Redução de Custos Operacionais: Diminuição das despesas com bombeamento de longas distâncias e taxas de uso de recursos hídricos, tornando a operação agrícola economicamente mais viável.
Preservação de Aquíferos: Ao utilizar águas de reúso e pluviais, alivia-se a pressão sobre os lençóis freáticos e reservatórios naturais, contribuindo para a segurança hídrica regional.
Legislação e Normas: A água da chuva que escorre por telhados e pisos é tecnicamente considerada um efluente devido às impurezas que carrega; seu uso requer sistemas de filtragem ou decantação para evitar contaminação do solo ou entupimento de emissores.
Qualidade da Água: Para o uso de esgoto tratado ou águas cinzas, é imprescindível realizar análises laboratoriais periódicas para garantir que não haja patógenos ou níveis de salinidade que possam prejudicar a cultura ou a saúde humana.
Planejamento Climático: A eficácia dos sistemas de captação depende diretamente do índice pluviométrico da região; consultar mapas hidrológicos e médias anuais de chuva é crucial antes de dimensionar cisternas ou barragens.
Manutenção de Estruturas: Sistemas como barragens subterrâneas e cisternas exigem manutenção preventiva, especialmente na limpeza de filtros e decantadores, para manter a eficiência da captação e a qualidade da água armazenada.
Viabilidade Econômica: Embora o investimento inicial em infraestrutura de captação e tratamento possa ser relevante, o retorno sobre o investimento (ROI) deve ser calculado considerando a segurança produtiva em anos de seca e a redução de custos fixos a longo prazo.
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