Lagarta-do-Cartucho no Milho: Guia de Manejo Integrado e Controle Eficaz
Lagarta-do-cartucho do milho: Quando e com o que fazer as aplicações e outras medidas simples e que dão resultado no combate a essa praga.
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Ler o Guia Principal sobre Lagarta do Cartucho do Milho →A Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), também conhecida como lagarta militar, é considerada a principal praga da cultura do milho no Brasil e um dos maiores desafios fitossanitários para o produtor rural. Trata-se de um inseto polífago, ou seja, com capacidade de se alimentar de uma vasta gama de espécies vegetais — cerca de 100 plantas diferentes —, embora tenha preferência pelo milho. Sua presença é constante nas lavouras brasileiras devido ao clima tropical, que favorece seu desenvolvimento e reprodução durante todo o ano.
O impacto econômico dessa praga é severo, pois ela possui um alto poder de destruição e ataca a planta em diversos estágios fenológicos. O nome “lagarta-do-cartucho” deriva do seu hábito de se alojar e alimentar preferencialmente no cartucho do milho (o “olho” da planta), onde encontra proteção contra predadores e intempéries, além de dificultar a ação de defensivos agrícolas. Sem um manejo adequado, a infestação pode comprometer significativamente a produtividade e a qualidade dos grãos, exigindo estratégias de controle integradas e assertivas.
Hábito Polífago: Alimenta-se de diversas culturas além do milho, incluindo soja, feijão, sorgo e algodão, o que facilita sua permanência na área de cultivo.
Ciclo Biológico Curto: A fase larval dura entre 12 e 30 dias, permitindo a ocorrência de múltiplas gerações (ciclos reprodutivos) dentro de uma mesma safra agrícola.
Danos em Múltiplos Estágios: Ataca desde as plântulas (com hábito de corte semelhante à lagarta-rosca) até a fase reprodutiva, danificando as espigas.
Sintoma de “Coração Morto”: Pode perfurar a base da planta e atingir o ponto de crescimento, causando a morte da planta jovem.
Alto Potencial Reprodutivo: As fêmeas depositam grandes quantidades de ovos, o que pode levar a uma explosão populacional rápida se não houver controle.
Comportamento de Abrigo: As larvas tendem a se esconder dentro do cartucho do milho, criando uma barreira física que protege a praga da aplicação de inseticidas de contato.
Monitoramento é Obrigatório: A aplicação de defensivos deve ser baseada em levantamentos de campo e níveis de controle, e não em calendário fixo, para evitar gastos desnecessários e falhas de manejo.
Risco da “Ponte Verde”: O sistema de sucessão de culturas (ex: soja no verão e milho na safrinha) garante alimento constante para a praga, mantendo as populações ativas o ano todo.
Limitações do Controle Químico: O uso exclusivo e repetitivo de inseticidas, especialmente sem rotação de mecanismos de ação, favorece a seleção de lagartas resistentes e muitas vezes não atinge a praga alojada no cartucho.
Necessidade do MIP: A estratégia mais eficaz é o Manejo Integrado de Pragas (MIP), que combina controle químico, biológico e cultural para manter a população da praga abaixo do nível de dano econômico.
Danos nas Espigas: Ataques tardios afetam diretamente os grãos, reduzindo o peso da colheita e abrindo portas para infecções fúngicas e micotoxinas que desvalorizam o produto final.
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