Larva Arame: Guia Completo para Identificar e Controlar na Lavoura
Larva arame: conheça as características, como identificar sintomas de ataque, como monitorar e fazer o controle efetivo dessa praga
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Ler o Guia Principal sobre Larva Arame →A Larva Arame é a fase larval de besouros pertencentes à família Elateridae, sendo os gêneros Conoderus e Melanotus os mais frequentes no Brasil. Conhecida popularmente como uma praga de solo voraz, ela representa um grande desafio para o estabelecimento inicial de culturas de importância econômica, como milho, trigo, arroz e batata. O nome “arame” deriva de sua morfologia peculiar: a larva possui um corpo cilíndrico, alongado, rígido e com uma coloração que varia do amarelo-palha ao marrom-avermelhado, assemelhando-se a um pedaço de fio de cobre ou arame enferrujado.
No contexto do agronegócio brasileiro, a Larva Arame ganha destaque pelos danos severos que causa logo após a semeadura. Diferente de pragas que atacam a parte aérea em estágios mais avançados, este inseto atua no subsolo, alimentando-se das sementes em processo de germinação e do sistema radicular das plântulas. Esse comportamento resulta na morte prematura das plantas e na consequente redução do estande da lavoura, o que impacta diretamente o potencial produtivo da área antes mesmo de a cultura se estabelecer completamente.
A ocorrência desta praga é frequentemente associada a áreas de plantio direto ou locais que passaram por integração com pastagens, pois a cobertura vegetal e a umidade do solo favorecem a sobrevivência e o ciclo de vida do inseto. Como o controle curativo (após o ataque) é extremamente difícil e pouco eficiente, a Larva Arame exige um planejamento antecipado por parte do produtor, baseando-se nos princípios do Manejo Integrado de Pragas (MIP) e na proteção de sementes para evitar prejuízos financeiros significativos.
Morfologia da Larva: Possui corpo cilíndrico, fino e bastante rígido (quitinizado), podendo atingir até 2 cm de comprimento quando totalmente desenvolvida.
Coloração: Inicia o ciclo com uma cor esbranquiçada, evoluindo para tons de amarelo-escuro ou marrom-amarelado brilhante conforme amadurece.
Fase Adulta: Os adultos são besouros conhecidos como “estalinhos” (devido ao som que produzem ao saltar), medindo entre 6 mm e 19 mm, com coloração marrom ou preta.
Ciclo de Vida: As fêmeas depositam ovos no solo durante o verão; as larvas eclodem e permanecem no subsolo, onde se alimentam de material vegetal antes de empuparem.
Hábito Alimentar: É uma praga polífaga e subterrânea, alimentando-se exclusivamente de sementes, raízes e base de caules de diversas gramíneas e tubérculos.
Janela de Ataque Crítico: No milho, o período de maior vulnerabilidade vai da semeadura até o estágio V2/V3 (duas a três folhas), onde o dano pode ser irreversível.
Sintomas Visíveis: O ataque resulta em falhas nas linhas de plantio, plantas atrofiadas, amareladas ou com coloração arroxeada (devido à deficiência nutricional por dano na raiz) e morte da planta jovem.
Danos Indiretos: As lesões causadas pela alimentação da larva nas raízes e no colo da planta servem como porta de entrada para patógenos, como fungos e bactérias, que causam podridões.
Monitoramento Prévio: A identificação da praga deve ser feita antes do plantio, através de inspeção de solo ou iscas, pois não há inseticidas eficientes para aplicação foliar contra esta praga subterrânea.
Risco em Pastagens: Áreas de conversão de pastagem para lavoura ou sistemas de integração lavoura-pecuária apresentam maior risco de infestação e exigem atenção redobrada.
Estratégia de Controle: O tratamento de sementes industrial com inseticidas sistêmicos é uma das ferramentas mais eficazes para proteger a plântula durante a fase crítica de desenvolvimento.
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