Mancha de Phoma no Cafeeiro: Guia Completo para Proteger sua Florada
Mancha de Phoma no cafeeiro: entenda as condições para ocorrência e os principais cuidados para prevenção e controle.
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A Mancha de Phoma é uma doença fúngica de grande relevância econômica para a cafeicultura brasileira, causada por espécies de fungos do gênero Phoma spp.. Esta enfermidade ganhou destaque no cenário agrícola nacional a partir da década de 1970 e, atualmente, encontra-se disseminada por todas as principais regiões produtoras do país. Ela é considerada uma das principais ameaças à fase de floração do cafeeiro, podendo comprometer severamente o potencial produtivo da lavoura ao atacar tecidos jovens e estruturas reprodutivas.
O impacto da doença é direto na rentabilidade do produtor, pois o patógeno atua destruindo a área fotossintética e, mais criticamente, abortando flores e frutos em estágio inicial. A infecção ocorre preferencialmente através de ferimentos nos tecidos da planta, sendo favorecida por condições climáticas específicas, comuns em regiões de altitude elevada. O ataque severo da Mancha de Phoma resulta em um quadro de debilidade da planta, afetando tanto a safra vigente quanto o desenvolvimento vegetativo necessário para os ciclos produtivos subsequentes.
Agente Causal: A doença é provocada por fungos do gênero Phoma, que possuem alta capacidade de infectar folhas, ramos, botões florais e frutos jovens.
Condições Favoráveis: O desenvolvimento do fungo é otimizado em ambientes com temperaturas amenas (próximas a 18°C), alta umidade relativa e presença de ventos frios constantes.
Sintomatologia Foliar: Nas folhas novas, surgem manchas escuras e arredondadas que evoluem para necroses, causando frequentemente o encurvamento ou deformação das bordas da folha.
Seca de Ponteiros: Nos ramos, a doença causa a morte das extremidades (ponteiros), impedindo o crescimento de novas brotações e flores naquela área, um sintoma conhecido como die-back.
Danos Reprodutivos: O patógeno ataca os botões florais, que escurecem e morrem antes de abrir, e provoca a mumificação dos frutos recém-formados (chumbinhos).
O manejo preventivo é crucial e deve começar antes da abertura da florada, visto que, uma vez instalada nas flores e chumbinhos, a doença causa perdas irreversíveis na produção.
É comum a ocorrência simultânea da Mancha de Phoma com a Mancha Aureolada (bacteriose), o que exige do agrônomo ou produtor um diagnóstico preciso para adotar medidas de controle que contemplem ambos os problemas.
Lavouras situadas em regiões de altitude elevada ou sujeitas a ventos fortes e frios devem ter o monitoramento intensificado, pois o microclima e as lesões causadas pelo vento facilitam a entrada do fungo.
A disseminação dos esporos ocorre principalmente por respingos de água de chuva ou irrigação, o que significa que períodos chuvosos prolongados aumentam exponencialmente o risco de epidemias.
Plantas que sofreram estresses recentes, como danos por granizo, geadas, colheita mecanizada agressiva ou ataque de outras pragas, tornam-se portas de entrada facilitadas para a infecção por Phoma.
A identificação correta da “seca de ponteiros” é fundamental, pois este sintoma reduz a área produtiva da planta e pode ser confundido com outras deficiências ou doenças se não observado em conjunto com as lesões foliares típicas.
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