BRS 500 B2RF: Nova Cultivar de Algodão com Menor Custo e Maior Produtividade
Algodoeiro resistente a doenças: saiba tudo sobre qualidade da fibra, produtividade e vantagens da nova cultivar
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A Mancha de Ramulária, causada pelo fungo Ramularia areola (fase assexuada) ou Mycosphaerella areola (fase sexuada), é considerada atualmente a principal doença fúngica da cotonicultura brasileira, com incidência crítica nas regiões de cultivo do Cerrado. A doença ganhou importância econômica significativa nas últimas décadas devido à sua agressividade e capacidade de disseminação, tornando-se um dos maiores desafios fitossanitários para os produtores de algodão em estados como Mato Grosso, Bahia e Goiás.
O ataque do patógeno ocorre principalmente nas folhas do algodoeiro. A infecção provoca lesões que reduzem a área fotossintética da planta e, consequentemente, levam à desfolha precoce. Quando a planta perde suas folhas antes do tempo ideal, o desenvolvimento das maçãs (frutos) é comprometido, resultando em menor enchimento, redução do peso final e perda de qualidade da fibra. Sem o manejo adequado, a doença pode causar quebras severas na produtividade da lavoura.
Além dos danos diretos à planta, a Mancha de Ramulária impacta drasticamente o custo de produção. O controle químico da doença exige um regime intenso de pulverizações. Em média, são necessárias de 4 a 8 aplicações de fungicidas durante o ciclo da cultura. Em anos com condições climáticas muito favoráveis ao fungo (alta umidade e temperaturas amenas à noite), esse número pode chegar a 12 aplicações, elevando os gastos operacionais e exigindo logística complexa dentro da fazenda.
Agente Causal: O fungo Ramularia areola, que se desenvolve bem em ambientes úmidos e com alternância de períodos de molhamento foliar.
Sintomas Visuais: As lesões iniciam-se geralmente nas folhas mais velhas (baixeiro), apresentando manchas angulares de coloração branca ou azulada na face inferior (aspecto farináceo devido à esporulação).
Evolução: As manchas podem evoluir para necrose e clorose, fazendo com que as folhas sequem e caiam prematuramente.
Disseminação: Os esporos são facilmente transportados pelo vento, chuva e trânsito de máquinas, o que facilita a contaminação rápida de grandes áreas.
Impacto no Ciclo: A desfolha antecipada encurta o ciclo produtivo da planta, impedindo a maturação completa das fibras do algodão.
Resistência Genética: A utilização de cultivares geneticamente resistentes ou tolerantes é uma das ferramentas mais eficazes para o manejo, permitindo reduzir drasticamente o número de pulverizações necessárias.
Custo Elevado: O controle exclusivamente químico é oneroso; negligenciar o monitoramento pode resultar em prejuízos financeiros tanto pela perda de produtividade quanto pelo gasto excessivo com defensivos.
Momento de Controle: O monitoramento deve ser constante, e as aplicações de fungicidas devem ser preventivas ou iniciadas logo aos primeiros sinais da doença para evitar que o nível de inóculo suba incontrolavelmente.
Rotação de Fungicidas: Para evitar que o fungo crie resistência aos produtos químicos, é fundamental rotacionar os princípios ativos utilizados nas pulverizações.
Condições Favoráveis: O produtor deve estar em alerta máximo em períodos de alta pluviosidade ou alta umidade relativa do ar, condições que aceleram a reprodução do fungo.
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