Receituário Agronômico: O Guia Definitivo para Emissão e Uso Correto
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O Manejo de Defensivos agrícolas compreende o conjunto de práticas técnicas, estratégicas e operacionais voltadas para a seleção, prescrição e aplicação correta de produtos fitossanitários nas lavouras. No contexto do agronegócio brasileiro, esta atividade é fundamental para garantir a produtividade e a sanidade das culturas, protegendo-as contra pragas (insetos), doenças (fungos, bactérias, vírus) e plantas daninhas que competem por recursos. Não se trata apenas do ato de pulverizar, mas de um processo decisório complexo que visa a eficiência agronômica aliada à segurança ambiental e humana.
Este manejo é regido por legislações rigorosas, como a Lei Federal nº 7.802/89, que exige a emissão do Receituário Agronômico por um profissional habilitado (engenheiro agrônomo ou florestal) para a compra e uso dos produtos. O conceito moderno de manejo de defensivos está intrinsecamente ligado ao Manejo Integrado de Pragas (MIP), onde o controle químico é uma das ferramentas utilizadas, devendo ser empregado no momento certo (nível de dano econômico) e com a tecnologia de aplicação adequada para evitar desperdícios, deriva e contaminação.
Base Legal e Técnica: A utilização de qualquer defensivo agrícola no Brasil depende obrigatoriamente de um diagnóstico técnico prévio e da emissão de um Receituário Agronômico acompanhado da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
Classificação Específica: Os produtos são categorizados por classe toxicológica (risco à saúde humana) e potencial de periculosidade ambiental, além de serem específicos para determinadas culturas e alvos biológicos, conforme registrado no MAPA (sistema Agrofit).
Tecnologia de Aplicação: Envolve a definição correta de pontas de pulverização, volume de calda, pressão e velocidade do equipamento para garantir que o produto atinja o alvo desejado com a cobertura necessária.
Janela de Aplicação: O manejo depende diretamente das condições climáticas (temperatura, umidade e vento) e do estágio fenológico da cultura e da praga, exigindo monitoramento constante para definir o momento ideal de entrada na lavoura.
Rotação de Mecanismos de Ação: Uma característica vital do manejo eficiente é a alternância de princípios ativos com diferentes modos de ação para prevenir a seleção de populações de pragas, doenças ou plantas daninhas resistentes.
Obrigatoriedade do Receituário: O produtor rural nunca deve aplicar produtos sem a orientação de um receituário agronômico, que funciona como a “bula” personalizada para aquela situação específica, detalhando dosagens e cuidados.
Risco de Resistência: O uso repetitivo e incorreto do mesmo produto ou subdosagens pode acelerar a resistência dos organismos-alvo, tornando o controle ineficaz e encarecendo o custo de produção nas safras seguintes.
Segurança e EPIs: O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é mandatório durante o preparo da calda e a aplicação, visando proteger a saúde do aplicador contra intoxicações agudas ou crônicas.
Período de Carência e Reentrada: É crucial respeitar o intervalo de segurança (tempo entre a aplicação e a colheita) para garantir que o alimento não contenha resíduos acima do permitido, bem como o intervalo de reentrada de pessoas na área tratada.
Influência Climática: Ferramentas de monitoramento climático são essenciais, pois aplicações feitas sob condições adversas (como ventos fortes ou baixa umidade) resultam em deriva e evaporação, comprometendo a eficácia do manejo e gerando prejuízo financeiro e ambiental.
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