BRS 500 B2RF: Nova Cultivar de Algodão com Menor Custo e Maior Produtividade
Algodoeiro resistente a doenças: saiba tudo sobre qualidade da fibra, produtividade e vantagens da nova cultivar
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O manejo de doenças do algodão refere-se ao conjunto de estratégias e práticas agronômicas adotadas para prevenir, controlar e mitigar os danos causados por patógenos como fungos, bactérias, vírus e nematoides na cultura do algodoeiro. No contexto do agronegócio brasileiro, especialmente nas regiões de Cerrado (Mato Grosso, Bahia, Goiás), este manejo é um dos pilares fundamentais para a viabilidade econômica da lavoura, visto que o clima tropical favorece a rápida proliferação de doenças que podem comprometer severamente a produtividade e a qualidade da fibra.
A abordagem moderna de manejo não se limita apenas à aplicação de defensivos químicos, mas integra o uso de genética avançada, rotação de culturas e monitoramento constante. O objetivo é reduzir o inóculo inicial e a taxa de progresso das doenças. A escolha de cultivares geneticamente resistentes ou tolerantes é uma das táticas mais eficientes, permitindo ao produtor diminuir a dependência de pulverizações excessivas, reduzindo custos operacionais e o impacto ambiental, ao mesmo tempo em que protege o potencial produtivo da planta.
Além da proteção da produtividade em arrobas por hectare, o manejo eficiente visa preservar a qualidade da pluma. Doenças que causam desfolha precoce ou apodrecimento das maçãs afetam diretamente características como o índice micronaire, resistência e comprimento da fibra, desvalorizando o produto final para a indústria têxtil. Portanto, o manejo de doenças é uma atividade de planejamento que começa antes mesmo do plantio, com a escolha da semente adequada para o histórico sanitário de cada talhão.
Uso de Resistência Genética: Adoção de cultivares desenvolvidas para apresentar resistência ou tolerância a patógenos específicos, como a mancha de ramulária, mancha angular e viroses, reduzindo a necessidade de intervenções químicas.
Controle da Mancha de Ramulária: Foco prioritário no combate à Ramularia areola, considerada a principal doença do algodoeiro no Cerrado, que exige múltiplas aplicações de fungicidas em variedades suscetíveis para evitar a desfolha precoce.
Manejo de Nematoides: Atenção especial ao controle de nematoides-das-galhas (Meloidogyne incognita), que atacam o sistema radicular, dificultando a absorção de água e nutrientes e predispondo a planta a outras doenças.
Integração de Métodos: Combinação de controle químico (fungicidas), genético (variedades resistentes) e cultural (destruição de restos culturais e vazio sanitário) para um manejo integrado eficiente.
Redução de Custos Operacionais: O manejo assertivo, principalmente através da genética, visa diminuir o número de entradas de maquinário na lavoura para pulverizações, economizando combustível, mão de obra e insumos.
Pressão de Doenças e Custo: Em cultivares sem resistência genética, o controle da mancha de ramulária pode exigir de 4 a 12 pulverizações por ciclo, dependendo da pressão da doença e das condições climáticas, elevando drasticamente o custo de produção.
Impacto na Qualidade da Fibra: O controle ineficiente de doenças resulta em plantas estressadas que produzem fibras de menor qualidade, afetando parâmetros comerciais críticos como maturidade e resistência, penalizando o valor de venda.
Monitoramento Constante: Mesmo com o uso de variedades resistentes, o monitoramento da lavoura é indispensável para identificar o momento exato de intervir, caso a pressão do patógeno supere os níveis de controle da planta.
Histórico da Área: O conhecimento prévio sobre a presença de nematoides ou histórico de doenças bacterianas no talhão é crucial para definir a variedade a ser plantada e as estratégias de manejo de solo.
Sustentabilidade: Estratégias de manejo que reduzem o uso de agroquímicos contribuem para a sustentabilidade do sistema produtivo e atendem a uma demanda crescente do mercado consumidor por práticas agrícolas mais responsáveis.
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