Cultivares de Trigo: 3 Passos Essenciais Para a Escolha Certa
Cultivares de trigo: entenda quais cuidados tomar e veja algumas características das variedades mais utilizadas no mercado!
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O manejo de doenças do trigo consiste em um conjunto de estratégias integradas visando prevenir, monitorar e controlar patógenos — principalmente fungos, vírus e bactérias — que afetam a produtividade e a qualidade dos grãos. No contexto do agronegócio brasileiro, esta prática é desafiadora devido à diversidade climática, que varia desde o clima subtropical úmido no Sul, favorável a doenças como a Giberela e manchas foliares, até o clima tropical do Cerrado, onde a Brusone representa uma ameaça severa. O objetivo central não é apenas a eliminação do patógeno, mas a manutenção da sanidade da lavoura abaixo do nível de dano econômico.
A base desse manejo começa muito antes da aplicação de fungicidas, iniciando-se na escolha da cultivar. Como destacado em materiais técnicos sobre a cultura, a seleção de sementes com resistência genética a determinadas doenças é a primeira barreira de defesa. Além disso, o manejo envolve práticas culturais, tratamento de sementes e o uso racional de defensivos agrícolas. A negligência nessa etapa pode comprometer significativamente o potencial produtivo, reduzindo o peso do hectolitro (PH) e a qualidade industrial da farinha.
Para o produtor brasileiro, o manejo eficiente exige um olhar sistêmico. Não se trata apenas de reagir ao aparecimento de sintomas, mas de planejar a safra considerando o histórico da área, a rotação de culturas e as condições meteorológicas previstas. A integração entre o monitoramento constante da lavoura e a tomada de decisão técnica é o que diferencia uma safra rentável de uma lavoura comprometida fitossanitariamente.
Resistência Genética: Utilização de cultivares desenvolvidas para tolerar ou resistir a patógenos específicos, como a ferrugem-da-folha ou o oídio, reduzindo a dependência excessiva de controle químico.
Tratamento de Sementes Industrial (TSI): Proteção inicial da plântula contra patógenos do solo e da semente, garantindo um estande de plantas uniforme e vigoroso desde a emergência.
Rotação de Culturas: Prática fundamental para quebrar o ciclo de doenças necrotróficas (que sobrevivem na palhada), como as manchas foliares (mancha-amarela e mancha-marrom).
Monitoramento Climático: Acompanhamento rigoroso das condições de temperatura e umidade, visto que doenças como a Giberela dependem de alta umidade no florescimento, enquanto outras preferem condições distintas.
Controle Químico Estratégico: Aplicação de fungicidas de forma preventiva ou curativa, respeitando a rotação de mecanismos de ação para evitar a seleção de fungos resistentes aos produtos.
Identificação Correta: É crucial distinguir sintomas de doenças fúngicas de deficiências nutricionais ou fitotoxidez, evitando aplicações desnecessárias e custos extras.
Momento da Aplicação: A eficácia dos fungicidas está diretamente ligada ao “timing”. Aplicações atrasadas em doenças agressivas, como a Brusone, geralmente resultam em baixa eficiência e perdas irreversíveis.
Manejo Antirresistência: O uso repetitivo do mesmo princípio ativo pode selecionar populações de fungos resistentes. É vital alternar grupos químicos (ex: triazóis, estrobilurinas, carboxamidas).
Tecnologia de Aplicação: A qualidade da pulverização (tamanho de gota, volume de calda e condições climáticas no momento da aplicação) é tão importante quanto a escolha do produto para garantir a cobertura do alvo, especialmente nas folhas do “baixeiro”.
Impacto da Época de Semeadura: O respeito ao Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) ajuda a evitar que as fases críticas da cultura (como o espigamento) coincidam com condições climáticas altamente favoráveis a epidemias.
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