Mancha Parda: Identificação e Controle na Soja, Arroz e Outras Culturas
Saiba como identificar e controlar a mancha parda na soja, arroz e outras culturas. Conheça as estratégias de manejo e os fungicidas mais eficazes.
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O manejo de doenças fúngicas refere-se ao conjunto estratégico de práticas agronômicas destinadas a prevenir, controlar e mitigar os danos causados por fungos fitopatogênicos nas lavouras. No contexto do agronegócio brasileiro, caracterizado por um clima tropical que favorece a rápida multiplicação desses organismos, o manejo eficiente é crucial para a sustentabilidade econômica da produção. A prática evoluiu desde o uso de caldas simples no século XIX até a aplicação de tecnologias complexas que envolvem fungicidas com diferentes modos de ação e mobilidade na planta.
Este manejo não se resume apenas à aplicação de defensivos químicos, mas envolve o entendimento profundo da interação entre o patógeno, o hospedeiro e o ambiente. Inclui a identificação correta dos sintomas — como a mancha parda na soja ou no arroz — e a escolha assertiva da ferramenta de controle, seja ela um fungicida de contato (protetor) ou sistêmico (curativo/erradicante). O objetivo final é proteger o potencial produtivo da cultura, evitando perdas de rendimento e qualidade dos grãos, que podem chegar a níveis severos se a doença não for contida nos estágios iniciais.
Mobilidade do produto: Classificação fundamental entre fungicidas sistêmicos, que são absorvidos e translocados pela planta (geralmente via xilema), e fungicidas de contato, que permanecem imóveis na superfície foliar onde foram depositados.
Princípio de controle: Definição do momento de ação em relação à infecção, dividindo-se em protetores (barreira preventiva), curativos (pós-penetração do fungo, pré-sintoma) e erradicantes (pós-sintoma visível).
Mecanismo de ação: Variedade na forma como o produto afeta o fungo, podendo inibir a respiração celular, alterar a membrana, afetar a divisão celular ou a síntese da parede celular.
Sobrevivência do inóculo: Capacidade dos patógenos, como Septoria glycines e Bipolaris oryzae, de sobreviverem em restos culturais (palhada) e sementes infectadas de uma safra para outra.
Sintomatologia específica: Manifestação visual das doenças, que geralmente inclui manchas foliares (com ou sem halos), necrose, desfolha precoce e comprometimento de grãos, variando conforme a cultura atacada.
A escolha entre um fungicida sistêmico ou de contato deve considerar o estágio da doença; sistêmicos oferecem maior janela de proteção e ação curativa, enquanto os de contato exigem cobertura perfeita e reaplicações frequentes.
O uso repetitivo de fungicidas com o mesmo mecanismo de ação (sítio-específicos) aumenta o risco de resistência fúngica; a rotação com produtos multissítios é uma estratégia recomendada para preservar a eficácia das moléculas.
Condições ambientais de alta umidade e temperaturas entre 25°C e 30°C aceleram drasticamente o ciclo de doenças como a mancha parda, exigindo monitoramento intensificado nessas janelas climáticas.
A identificação correta é vital, pois sintomas parecidos podem ter agentes causais diferentes; por exemplo, a “mancha parda” é causada por Septoria na soja e Bipolaris no arroz, exigindo manejos adaptados.
O controle químico deve ser integrado a práticas culturais, como o manejo adequado de restos culturais e o uso de sementes sadias, para reduzir a pressão inicial de inóculo na área.
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