Mosaico Dourado do Feijoeiro: Sintomas, Vetor e Manejo Eficaz
Mosaico dourado do feijoeiro: como identificar os principais sintomas da doença na lavoura, o vetor e as principais medidas de manejo.
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O manejo de doenças no feijão compreende um conjunto de práticas agronômicas integradas destinadas a prevenir, monitorar e controlar a incidência de patógenos (fungos, bactérias e vírus) que afetam a cultura do feijoeiro. No contexto brasileiro, onde o feijão é cultivado em até três safras anuais (águas, seca e inverno), o manejo sanitário é um dos pilares fundamentais para garantir a rentabilidade, visto que o clima tropical e a sucessão de cultivos favorecem a permanência e multiplicação de doenças no campo.
A estratégia de manejo não se resume apenas à aplicação de defensivos agrícolas, mas engloba o uso de cultivares resistentes, rotação de culturas, tratamento de sementes e, crucialmente, o controle de vetores. Um exemplo crítico é o Mosaico Dourado, a principal virose do feijoeiro no Brasil, cujo manejo depende diretamente do controle da mosca-branca (Bemisia tabaci). Como não existem produtos curativos para plantas já infectadas por viroses, o manejo deve ser preventivo e focado na interrupção do ciclo de transmissão para evitar perdas que podem comprometer a totalidade da lavoura.
Integração de Métodos: O manejo eficiente combina controle químico, cultural (época de plantio, densidade), genético (variedades resistentes) e biológico.
Foco no Vetor: Para doenças virais como o Mosaico Dourado, o alvo principal do manejo é o inseto vetor (mosca-branca), e não o patógeno em si.
Sazonalidade: A incidência de doenças varia conforme a safra; períodos mais secos favorecem vetores de viroses, enquanto períodos úmidos favorecem doenças fúngicas.
Sintomatologia Visual: A identificação no campo baseia-se em sinais claros, como o mosaico amarelo intenso, deformação foliar (encarquilhamento), nanismo e superbrotação.
Ponte Verde: O sistema de produção brasileiro, com cultivos sucessivos, cria uma “ponte verde” que mantém inóculos e pragas vivos o ano todo, exigindo manejo regionalizado.
Potencial de Perda Total: Doenças severas, especialmente o Mosaico Dourado, podem resultar em perdas de produtividade de até 100% se o manejo não for iniciado precocemente.
Irreversibilidade das Viroses: Diferente de algumas doenças fúngicas, uma planta infectada por vírus (como o BGMV) não pode ser curada; ela permanecerá doente e produzirá menos até o fim do ciclo.
Qualidade do Grão: O impacto das doenças vai além da quantidade produzida; grãos de plantas doentes frequentemente são deformados, menores e manchados, perdendo valor comercial.
Monitoramento da Lavoura: A inspeção constante é vital para identificar os primeiros focos de vetores ou sintomas iniciais, permitindo tomadas de decisão rápidas.
Genoma Bipartido: No caso específico do Mosaico Dourado, o vírus possui uma estrutura genética complexa (DNA-A e DNA-B), o que dificulta o desenvolvimento de resistência completa em algumas variedades.
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