Estresse Térmico nas Plantas: O Que É e Como Proteger Sua Lavoura
Estresse térmico nas plantas: saiba como ele pode afetar a produtividade da sua lavoura e o que fazer para contornar esse problema!
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O manejo de estresse hídrico e térmico compreende o conjunto de estratégias agronômicas e práticas de cultivo adotadas para minimizar os impactos negativos causados por temperaturas extremas (calor excessivo ou frio intenso) e pela disponibilidade inadequada de água (déficit ou excesso) nas lavouras. No contexto do agronegócio brasileiro, onde a variabilidade climática é intensa e frequente — com ocorrência de veranicos, altas temperaturas no Cerrado ou geadas na região Sul —, essas práticas são fundamentais para proteger o potencial produtivo das culturas e evitar quebras significativas de safra.
Fisiologicamente, quando a planta enfrenta essas condições adversas, ela altera seu metabolismo para priorizar a sobrevivência em detrimento da produção. Isso resulta no fechamento dos estômatos, redução da taxa fotossintética e menor absorção de nutrientes. O manejo eficiente busca atenuar esses efeitos através de ações preventivas e corretivas, como a escolha de genética adaptada, definição correta da época de semeadura, construção de perfil de solo para maior enraizamento e uso de tecnologias de irrigação, permitindo que a lavoura mantenha sua homeostase e produtividade mesmo sob pressão ambiental.
Interdependência dos fatores: Frequentemente, o estresse térmico por calor ocorre simultaneamente ao estresse hídrico por seca, criando um efeito sinérgico que potencializa os danos fisiológicos e acelera a degradação dos tecidos vegetais.
Vulnerabilidade por estádio fenológico: A sensibilidade das plantas varia conforme a fase de desenvolvimento, sendo os períodos de germinação e, principalmente, o reprodutivo (floração e enchimento de grãos) os mais críticos para a definição do rendimento final.
Alteração na imunidade: O estresse compromete a produção de proteínas e enzimas de defesa, alterando o “triângulo da doença” e tornando a planta mais suscetível a patógenos que, em condições ideais, não causariam danos severos.
Dualidade do estresse hídrico: O manejo abrange tanto a falta de água (déficit hídrico), que limita o turgor e o crescimento, quanto o excesso (encharcamento), que causa hipoxia (falta de oxigênio) nas raízes e favorece doenças radiculares.
Impacto metabólico direto: Temperaturas extremas podem causar a desnaturação de proteínas e a inativação de enzimas essenciais, resultando em abortamento de flores, esterilidade do pólen e grãos malformados ou “chocados”.
A construção de um perfil de solo profundo e rico em matéria orgânica é uma das estratégias mais eficazes, pois aumenta a capacidade de retenção de água e permite que as raízes busquem umidade em camadas mais profundas durante veranicos.
A escolha da janela de plantio deve ser planejada com base no zoneamento agrícola de risco climático (ZARC), evitando que as fases mais sensíveis da cultura coincidam com os períodos históricos de maior estresse térmico ou hídrico da região.
Sintomas visuais como murcha, enrolamento de folhas (cartuchamento no milho, por exemplo) e necrose nas bordas foliares são sinais de que a planta já está sofrendo danos; o monitoramento preventivo é crucial.
O estresse hídrico impacta diretamente a eficiência da nutrição mineral, uma vez que a água é o veículo de transporte dos nutrientes do solo para a planta; adubações em períodos de seca severa podem ser ineficazes ou até fitotóxicas.
Em situações de estresse térmico por frio, o manejo pode envolver técnicas de irrigação por aspersão para proteção contra geadas ou o uso de barreiras físicas, dependendo da cultura e da escala de produção.
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