Inseticida na Dessecação: Guia para um Controle de Pragas Eficiente na Pré-Safra
Inseticida na dessecação: quando eles podem ser vantajosos e quais produtos usar para o controle de pragas na preparação para a safra!
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O Manejo de Pragas na Entressafra refere-se ao conjunto de estratégias e práticas agronômicas adotadas no período entre a colheita de uma cultura e a semeadura da próxima, visando reduzir a população de insetos-praga na área. No contexto do agronegócio brasileiro, onde o sistema de plantio direto e a sucessão de culturas são predominantes, este manejo é crucial para quebrar o ciclo biológico de pragas que utilizam plantas daninhas, restos culturais ou plantas de cobertura como abrigo e alimento, fenômeno conhecido como “ponte verde”.
A prática não se resume apenas à aplicação de defensivos, mas envolve um planejamento detalhado que começa com o monitoramento da área para identificar a presença e a densidade populacional dos insetos. O objetivo principal é garantir que a lavoura comercial seja implantada em um ambiente “limpo”, livre de pressões iniciais que possam comprometer o estande de plantas e o vigor inicial das plântulas. Sem esse controle prévio, pragas remanescentes podem atacar a cultura logo após a emergência, causando danos irreversíveis à produtividade antes mesmo do estabelecimento total da lavoura.
Interrupção da Ponte Verde: Foca na eliminação de plantas hospedeiras (daninhas ou de cobertura) que servem de alimento e abrigo para as pragas entre os ciclos das culturas comerciais.
Associação com a Dessecação: Frequentemente, o manejo químico de pragas é realizado em conjunto com a operação de dessecação pré-plantio, otimizando a entrada do maquinário na lavoura.
Controle de Pragas Polífagas: Atua principalmente contra insetos de hábito generalista, como lagartas do gênero Spodoptera e percevejos, que sobrevivem na palhada e migram para a cultura recém-plantada.
Proteção do Estande Inicial: Visa assegurar a densidade de plantas planejada, evitando falhas de germinação ou morte de plântulas causadas por ataques precoces (lagartas-rosca ou elasmo, por exemplo).
Monitoramento Prévio: A decisão de controle baseia-se na amostragem da área na entressafra, verificando se a população de pragas justifica economicamente e tecnicamente a intervenção.
A simples presença de palhada, embora benéfica para o solo, pode dificultar o atingimento do alvo pelos insetos; por isso, a tecnologia de aplicação (volume de calda e pontas adequadas) é fundamental para garantir que o produto chegue onde a praga está abrigada.
O uso de plantas de cobertura como milheto, braquiária ou azevém, se não manejado corretamente, pode multiplicar a população de lagartas, exigindo uma dessecação antecipada ou o uso estratégico de inseticidas.
Nem toda dessecação exige a adição de inseticidas; a aplicação “carona” sem a devida constatação da praga via monitoramento pode elevar custos desnecessariamente e selecionar insetos resistentes.
O momento da aplicação é crítico: deve ser realizado com antecedência suficiente ao plantio para garantir que as pragas morram antes da emergência da cultura, evitando que as lagartas migrem da palha seca para as plântulas verdes.
Em regiões de clima tropical como o Brasil, onde não há inverno rigoroso para reduzir naturalmente as populações de insetos, o manejo na entressafra é uma das ferramentas mais eficientes para o Manejo Integrado de Pragas (MIP).
A identificação correta das espécies presentes na área é vital, pois a escolha do ingrediente ativo deve ser específica para o tipo de praga predominante (ex: lagartas, percevejos ou ácaros) para garantir a eficácia do controle.
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