Inseticidas Ecdisteroides: Guia para Controle Inteligente de Pragas
Inseticidas ecdisteroides: entenda como contribuem para redução das pragas sem gerar efeitos colaterais como outros químicos!
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O Manejo de Resistência de Inseticidas (MRI) é um conjunto fundamental de estratégias e práticas agronômicas destinadas a retardar ou prevenir a evolução da resistência de pragas aos defensivos agrícolas. No contexto do agronegócio brasileiro, caracterizado por sistemas de produção intensivos e sucessão de culturas (como o sistema soja-milho), as pragas estão expostas a uma pressão de seleção constante. Quando um mesmo mecanismo de ação é utilizado repetidamente, os indivíduos suscetíveis são eliminados, restando apenas os resistentes, que se multiplicam e tornam o controle químico ineficaz ao longo do tempo.
A base do MRI não é apenas a troca de produtos comerciais, mas sim a alternância inteligente de modos de ação. Conforme estabelecido pelo IRAC (Comitê de Ação à Resistência a Inseticidas), existem diferentes grupos químicos que atuam em sítios distintos do inseto. Por exemplo, enquanto os neonicotinoides, organofosforados e carbamatos atacam o sistema nervoso (neurotóxicos), os ecdisteroides interferem no crescimento e na muda (fisiológicos). O manejo correto exige o entendimento dessas diferenças para quebrar o ciclo de seleção da praga, garantindo a longevidade das tecnologias de controle e a sustentabilidade econômica da lavoura.
Rotação de Mecanismos de Ação: A prática central do MRI envolve alternar inseticidas com diferentes modos de ação (por exemplo, rotacionar um neurotóxico com um regulador de crescimento) a cada geração da praga, evitando a exposição contínua ao mesmo princípio ativo.
Monitoramento de Pragas: Adoção rigorosa do Manejo Integrado de Pragas (MIP) para identificar a densidade populacional e o estágio de desenvolvimento dos insetos, aplicando o controle apenas quando atingido o nível de dano econômico.
Preservação de Inimigos Naturais: Uso preferencial de inseticidas seletivos (como os ecdisteroides) que controlam a praga-alvo mas preservam predadores e parasitoides, os quais auxiliam no controle natural de indivíduos resistentes.
Aplicação em Janelas Específicas: Definição de janelas de aplicação para determinados grupos químicos, reduzindo a pressão de seleção durante todo o ciclo da cultura.
Adoção de Refúgios: Em áreas com culturas geneticamente modificadas (Bt), o plantio de áreas de refúgio (plantas não-Bt) é vital para manter uma população de insetos suscetíveis que possam cruzar com eventuais resistentes.
Diferencie Nome Comercial de Modo de Ação: Trocar a marca do produto não significa fazer rotação. É crucial verificar o grupo químico e o código do IRAC na bula para garantir que o mecanismo de ação seja realmente diferente.
Atenção à Fisiologia do Inseto: Inseticidas reguladores de crescimento (como os ecdisteroides) não possuem ação de choque imediata e funcionam melhor em fases jovens (lagartas pequenas), enquanto neurotóxicos causam paralisia rápida; o uso incorreto pode ser confundido com falha de controle ou resistência.
Doses Recomendadas: Nunca utilize subdoses (que selecionam indivíduos moderadamente resistentes) ou sobredoses. Siga estritamente a recomendação agronômica para garantir a eficácia e retardar a resistência.
Tecnologia de Aplicação: Falhas na aplicação (bicos inadequados, volume de calda incorreto) podem deixar sobreviventes no campo, acelerando o processo de seleção de resistência, independentemente da qualidade do produto químico.
Histórico da Área: O planejamento do manejo deve considerar o histórico de produtos utilizados nas safras anteriores e nas culturas vizinhas, visto que muitas pragas são polífagas e transitam entre lavouras.
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